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Explorando a Controvérsia Eletrofisiológica do Prolapso Valvar Mitral e Arritmias Ventriculares: Entre Sinais de Alerta e Incertezas

SARAH PINI DE SOUZA, LUCIANA SACILOTTO, RODRIGO KULCHETSCKI, TAN CHEN WU, CRISTIANO FARIA PISANI, FRANCISCO DARRIEUX, SAVIA BUENO, ESTEBAN WISNIVESKY ROCCA RIVAROLA, CARINA ABIGAIL HARDY, MAURICIO IBRAHIM SCANAVACCA
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Resumo:

Introdução: O prolapso da valva mitral (PVM) e a disjunção anular mitral (DAM) estão associados a um risco aumentado de arritmias ventriculares malignas, porém ainda com definição e o manejo clínico controvesos.

Métodos: A partir do banco de dados de pacientes submetidos a EEF e Ablação por cateter em um hospital terciário em São Paulo, todos os pacientes encaminhados para procedimento devido a arritmias ventriculares entre 2021 e 2024 foram analisados. O diagnóstico de PVM e DAM se baseou em achados do EcoTT, RM cardíaca e revisão de prontuário. O critério de exclusão foi a presença de outro substrato identificado para arritmia ventricular. Resultados: Dos 146 pacientes avaliados, 9 preencheram critério para análise. Dentre estes, 5 apresentavam PVM isolado, 3 PVM associado à DAM e 1 DAM isolada. A média de idade foi de 52 anos, sendo 6 do sexo masculino e 3 do sexo feminino. Os sintomas mais comuns foram palpitações (66,7%); dois pacientes eram assintomáticos e um queixou-se de cansaço. Todos apresentavam FEVE preservada e a insuficiência mitral era leve ou ausente; um havia submetido à troca valvar mitral prévia. As indicações do procedimento foram: extrassístoles ventriculares sintomáticas em dois casos e taquicardia ventricular (TV) não sustentada ou sustentada nos outros seis casos (sendo dois destes suspeitos de TV fascicular). Somente 1 paciente era portador de CDI por recorrência de TV instável, com passado de troca valvar mitral por PVM em 2014. Em 33% pacientes não houve indução de arritmias ventriculares, 22% a localização era no summit do VE, em 2 nos papilares póstero-septal e ínfero-medial, 1 era fascicular e 1 no seio de valsalva. Mais da metade dos pacientes (55,6%) necessitou de um segundo procedimento. Não houve morte súbita no tempo médio de em 18 meses de seguimento.

Conclusão: Esta análise sugere que o PVM/DAM é uma condição rara entre as arritmias ventriculares sintomáticas encaminhadas para ablação. Apesar de apresentarem arritmia clínica, a maioria dos casos não teve arritmia induzida ou apresentava arritmias cuja origem não se correlacionou com o aparato valvar mitral durante o EEF. Estudos com um número maior de pacientes são necessários para conclusões definitivas sobre o tema.

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19, 20 e 21 de Junho de 2025