Métodos: Trata-se de estudo do tipo registro, unicêntrico e prospectivo, em que pacientes com SCC, definidos como aqueles com procedimento de revascularização prévio (cirúrgico ou percutâneo), infarto do miocárdio (IM) prévio ou estenose > 50% em pelo menos uma artéria coronária epicárdica, foram incluídos e acompanhados ambulatorialmente. Na avaliação da associação entre mortalidade e DAE foi utilizado o ecocardiograma admissional. O desfecho principal foi morte por todas as causas.
Resultados: Foram incluídos 1109 pacientes com mediana de idade de 65 anos e 340 (31%) mulheres. IM prévio estava presente em 668 (61%), 397 (36%) foram submetidos à cirurgia de revascularização prévia e 523 (48%) a intervenção coronária percutânea. Diabetes foi prevalente em 609 (55%) e hipertensão arterial em 1025 (92%). Insuficiência cardíaca esteve presente em 225 (23%) dos pacientes. A mediana do DAE foi de 40mm (IIQ 37 - 44) e a da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) foi de 56% (IIQ 45-62). Pacientes com DAE ≥ 40mm tiveram maior mortalidade quando comparados aos com DAE < 40mm (HR 1,67, IC95% 1,34- 2,07), conforme demonstrado na figura. Essa diferença se manteve quando ajustado pela FEVE (p<0,001). Não houve interação entre o DAE com a FEVE (p=0.35), sexo (p=0.76) ou idade (p=0,79).
Conclusão: O DAE mostrou-se associado a mortalidade em uma população com SCC de forma independente da FEVE.
