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Trombose ventricular esquerda: características do trombo e taxa de resolução em uso de anticoagulação oral em serviço terciário universitário.

Roberta Silvério Vaz Lopes, Inacio Antunes Chiconeli, Ana Paula Otaviano, Marco Paulo Cunha Campos, Andre Schmidt
FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - Ribeirão Preto - SP - BRASIL

Trombos em ventrículo esquerdo (TVE) são frequentemente identificados em portadores de cardiopatia isquêmica e, em nosso meio, portadores de cardiopatia da Doença de Chagas. Suas características morfológicas apresentam descrição variável e são poucas as séries que avaliaram a resolução com uso de anticoagulação oral (ACO) e esta varia com o intervalo entre os exames entre 67 e 87%. OBJETIVOS: Avaliar a história natural do trombo ventricular esquerdo em pacientes que receberam anticoagulação oral em serviço terciário universitário. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de pacientes recebendo ACO por TVE em serviço universitário terciário. Análise estatística descritiva. RESULTADOS: Cento e setenta e um portadores de TVE foram identificados. Etiologia predominantemente isquêmica, mas cardiopatia da Doença de Chagas era responsável por cerca de 15% dos casos. Em sua maioria, o TVE foi identificado pela Dopplerecocardiografia, que foi o método aplicado no segundo exame para caracterizar a sua evolução. O exame controle foi realizado 665±673 dias. A varfarina foi o ACO utilizado em todos os pacientes. As medidas bidimensionais foram relatadas em 115 relatórios com a dimensão média inicial de 16 x 11 mm, tendo variado entre 2 e 50mm – Figura 1.  Verificou-se que houve resolução total do trombo em 101 (59%) dos casos, apesar do exame não ter sido repetido em 19 pacientes. Em 34 pacientes com trombos persistentes houve grande variabilidade de resposta nas dimensões reportadas, como evidenciado na Figura -2. CONCLUSÕES: A taxa de resolução de 59% é a primeira reportada em séries nacionais e pouco menor que a literatura existente. Fatores como aderência ao tratamento e etiologia chagásica podem ter influenciado nesta taxa de resolução.

 

 

Figura 1: Medidas bidimensionais iniciais de 115 trombos em ventrículo esquerdo quantificados na amostra estudada

Figura 2: variação na área do trombo obtida por medidas bidimensionais em 34 portadores de trombo ventricular esquerdo não resolvidos totalmente com medidas antes e após ACO.

 

 

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