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Sinais eletrocardiográficos: AVC isquêmico versus AVC hemorrágico.

Otávio Íscaro Andrade, Victor Hugo Góes Silva, Luiza Fogaça Gonçalves da Silva , Rafael Costa Tristão da Silva, Pedro João de Almeida, Victoria Marcela Mendes
USCS - Univ. Municipal de S. C. do Sul - São Caetano do Sul - SP - BRASIL

Introdução: O eletrocardiograma (ECG) é uma ferramenta diagnóstica essencial na avaliação cardiovascular, podendo revelar alterações associadas a eventos neurológicos agudos. Estudos sugerem que padrões específicos no ECG podem diferir entre os tipos de acidente vascular cerebral (AVC), auxiliando na estratificação de risco e no manejo clínico dos pacientes com AVC hemorrágico e isquêmico. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática em três bases de dados, seguindo as diretrizes PRISMA. Dos 181 estudos encontrados na busca inicial, 8 atenderam aos critérios de inclusão; foram excluídos estudos que abordaram sinais de ECG em casos isolados de AVC isquêmico e hemorrágico sem comparação entre etiologias. Foram analisadas as seguintes variáveis eletrocardiográficas em pacientes com AVC hemorrágico e isquêmico: (1) inversão da onda T, (2) depressão do segmento ST, (3) prolongamento do QTc, (4) fibrilação atrial, (5) hipertrofia ventricular esquerda (HVE), (6) presença de ondas U. Resultados: Foram incluídos 1803 pacientes; as etiologias foram: AVC isquêmico=1113(61,73%) e hemorrágico=690(38,26%). O prolongamento do intervalo QT foi mais frequente no AVC hemorrágico=356(51,60%) em comparação com o AVC isquêmico=391(35,14%). A inversão da onda T esteve presente em 264(38,30%) pacientes com AVC hemorrágico e em 429(38,56%) pacientes com AVC isquêmico. Depressão do segmento ST foi presente em 201(29,22%) pacientes de AVC hemorrágico e em 299(26,9%) pacientes de AVC isquêmico. A fibrilação atrial foi mais comum em pacientes com AVC isquêmico=140(12,63%) do que em pacientes com AVC hemorrágico=20(2,96%). Sinais de HVE foram mais comuns no grupo de AVC hemorrágico=451(65,38%) do que no grupo de AVC isquêmico=505(45,44%). A presença de ondas U foi observada em 126(18,35%) casos de AVC hemorrágico, e em 120(10,79%) casos de AVC isquêmico. Conclusões: Existem diferenças significativas nos padrões eletrocardiográficos entre pacientes com AVC hemorrágico e isquêmico. O prolongamento do intervalo QT, sinais de HVE e presença de ondas U são mais prevalentes no AVC hemorrágico, enquanto a fibrilação atrial é mais comum no AVC isquêmico. Não houve diferenças significativas de inversão da onda T e depressão do segmento ST entre os grupos estudados. A identificação precoce dessas alterações pode contribuir para um manejo clínico mais eficiente, auxiliando na estratificação de risco e prevenção de complicações cardiovasculares.

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