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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS DERIVADOS DE TRANSTORNOS DE CONDUÇÃO E ARRITMIAS ENTRE 2019 E 2024

Luísa Andriely Maia , João Victor Marques Teixeira, João Vitor Lima Michels Pereira, Letícia Hanna Moura da Silva Gattas Graciolli
Universidade Professor Edson Antônio Velano (UNIFENAS) - Belo Horizonte - MG - Brasil, Faculdade de Medicina de Jundiaí - Jundiaí - São Paulo - Brasil

Introdução: Os distúrbios de condução cardíacos possuem como característica a lentificação ou interrupção da condução do estímulo elétrico. Como consequência, o ritmo cardíaco tende a se tornar não fisiológico, gerando sintomas como palpitações e angina. Assim, diante das complicações proporcionadas por essa condição, é essencial abordar o perfil epidemiológico de indivíduos cujo óbito foi motivado pela mesma, visando identificar e minimizar fatores de risco. Objetivos: Expor o perfil epidemiológico dos óbitos derivados de transtornos de condução e arritmias cardíacas no Brasil nos anos de 2019 e 2024. Metodologia: Para a realização de um estudo epidemiológico quantitativo descritivo foram utilizados dados extraídos da plataforma TABNET (DATASUS). Dessa forma, os filtros "Doenças do aparelho circulatório” e "Transtornos de condução e arritmias cardíacas” foram selecionados e, em seguida, o número de óbitos e a taxa de mortalidade foram analisados e divididos por unidade federativa, sexo e faixa etária no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2024. Por fim, os valores obtidos foram comparados. Resultados: A taxa de mortalidade por transtorno de condução e arritmias cardíacas no Brasil é de 12,91, entretanto, analisando as regiões individualmente nota-se que a região Centro-oeste lidera o ranking apresentando 25,81 óbitos por mil habitantes, seguido do Sudeste (12,79) e do Norte (10,85). Esse cenário pode ser explicado pelo fato de que a unidade federativa que possui a maior taxa de mortalidade é o Distrito Federal, com 49,50 - superior aos demais estados, cuja média é em torno de 10,83. A região Sudeste apresenta o maior número de óbitos no período estudado, com 24.836 óbitos do total de 52.902 no país, sendo São Paulo o protagonista da região com 14.069 óbitos. Ademais, a taxa de mortalidade do sexo masculino (13,21) foi maior que a do sexo feminino (12,56), sendo que as faixas etárias com maiores prevalências são os extremos de idade. Conclusão: Nota-se, portanto, a relevância dos transtornos de condução e arritmias cardíacas como causa de morte no Brasil, tendo suas diferenças entre as regiões, sexo e faixa etária. A elevada taxa de mortalidade na região Centro-Oeste, comparada às outras regiões do país reforçam a necessidade de investigações mais aprofundadas sobre os fatores socioeconômicos e acesso à saúde que possam estar influenciando esse resultado. Desse modo, os dados apresentados contribuem de forma muito efetiva na formulação de políticas públicas e ações direcionadas para redução da mortalidade por condições cardiovasculares.

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