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Cada minuto conta: fatores que influenciam o tempo de atendimento no IAMCSST

Pedro Henrique Costa Alexandre Pedrosa, Luiza Cardoso Almeida, Camila Rodrigues Sampaio Silva, Filipe Barros S Catarino, Caio Henrique Almeida Giordano, Pollianna de Souza Roriz, Hugo Cardoso de Souza Falcon, Rhanniel Theodorus Helhyas Oliveira Shilva Gomes Villar
Secretaria Municipal de Saúde - Salvador - Bahia - Brasil

Introdução 
A síndrome coronariana aguda é responsável por 15,9 milhões de óbitos anualmente, exige diagnóstico e tratamento ágeis. Este estudo visa avaliar fatores que impactam o tempo de atendimento de pacientes com infarto agudo com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) submetidos à angioplastia primária (ATC). 

Metodologia: 
Estudo transversal e descritivo, vinculado ao Protocolo de Infarto Agudo do Miocárdio (PIAM) do SAMU de Salvador-Bahia em parceria com a SMS (rede assistencial especializada no atendimento ao paciente com infarto), analisou dados de 2024 coletados via plataforma PACTO-SAMU. Foram incluídos pacientes com diagnóstico de IAMCSST encaminhados para ATC, excluindo menores de 18 anos, fichas incompletas, suspeitas de IAM Tipo 2 e casos trombolisados foram excluídos. Para distâncias entre unidade de origem e centro de referência, adotaram-se estratos de 10 km. A análise descritiva incluiu média e desvio-padrão para variáveis contínuas normais (teste Shapiro-Wilk) e mediana. O teste t de Student comparou intervalos de tempo em grupos binomiais. O coeficiente d de Cohen foi utilizado para estimar tamanho de efeito. Valores de p < 0,05 foram considerados significativos. 

Resultados 

 

Foram avaliados 162 pacientes (100 homens). O tempo porta-ECG teve média de 46,8 minutos, ECG-acionamento de 30,8 minutos e acionamento-decisão reperfusão de 33 minutos. O tempo de transferência foi de 133 minutos, e o porta-balão com 271,7 minutos. No turno diurno, observou-se tempo de transferência significativamente maior (p < 0,05; d = 0,4159). Pacientes com sintomas atípicos apresentaram tempos porta-ECG (p < 0,001; d = -1,710) e porta-balão (p = 0,023; d = -0,830) significativamente maiores. Não houve diferença estatística entre sexos. A  distância percorrida mostrou correlação positiva forte com o tempo de transferência (p < 0,05). 

Conclusão 

 

A forte correlação entre distância e tempo pré-hospitalar sugere que melhorias na infraestrutura de transporte e na localização de unidades de atendimento podem reduzir atrasos. Pacientes em unidades de saúde distantes dos centros de referência necessitam estratégias para agilizar a reperfusão, levando em consideração o reflexo no tempo porta-balão. Sintomas atípicos estão associados a atrasos significativos, indicando a necessidade de atenção especial para esses casos. Não houve diferenças significativas nos tempos de tratamento entre homens e mulheres. 

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