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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

TRABALHO CARDÍACO DE PACIENTES NA FASE CRÔNICA DO PÓS-COVID-19 SUBMETIDOS AO TESTE ERGOMÉTRICO.

Eid Mara Stoppa, Robison José Quitério, Mariana Cristina da Silva Almeida, Gabriela Letícia Qualho, Elaine Cristina Bento mulato, Ana Carolina Mazzi Miranda Martins, Analice Godoi Silva Raymundo, Luana Cristini Oliviero
UNESP - Rio Claro - Rio Claro - SP - BRASIL

Introdução: Os dados atuais sustentam que até 42% dos contaminados pelo SARS-Cov-2 podem apresentar sintomas dois anos depois. Avanços clínicos e experimentais recentes apoiam a noção de que a interação do vírus, mediada por proteínas Spike, com receptores da enzima conversora de angiotensina (ACE2) exerce um papel fundamental no desenvolvimento de alterações cardíacas, vasculares e autonômicas, incluindo o barorreflexo, a frequência cardíaca (FC) e a pressão arterial sistêmica (PA). Além disso, algumas investigações têm constatado que há interação entre PS flutuantes livres produzidas após a vacinação e receptores da ECA2, agravando, assim, as alterações. A hipótese é que alguns pacientes contaminados pelo SARS-Cov-2 possam apresentar redução no trabalho cardíaco (duplo produto - DP) durante o teste de esforço físico aeróbico progressivo. Portanto, o objetivo é investigar o déficit do DP (trabalho cardíaco) de pacientes na fase crônica pós-covid-19, submetidos ao TE.

Metodologia: CEP: 6.556.816/2023. Foram avaliados homens e mulheres entre 50 e 60 anos de idade, dois anos após a infecção pelo SARS-Cov-2. A FC e a PA foram medidas na condição de repouso sentada e durante o Teste Ergométrico (TE - protocolo de Bruce Modificado). Foram calculados a FC máxima prevista e o DP pico do esforço e o máximo previsto para a idade, bem como, a diferença percentual entre o previsto e obtido para estas duas variáveis. Para comparar os dados obtidos e previstos foi aplicado do teste de Mann Whitney (p<0,05).

Resultados: Amostra= 4 homens e 7 mulheres, com idade = 54,84+3,46 anos. Dados de repouso: FC = 74,55+10,92 bpm; PAS = 131,27+18,74 mmHg. Dados obtidos no pico do TE: FC = 135,36+9,94 bpm; PAS = 164,09+49,74 mmHg; DP = 22.511+8.085 bpm.mmHg. Dados máximos previstos: FC = 161,82+7,96 bpm; DP = 33.220,55+191,28 bpm.mmHg. Déficits: FC = 18,03+6,02%; DP = 32,22+24,44%. Houve diferença estatística significativa entre os seguintes dados previstos e obtidos: FC (p=0,0002) e DP (p=0,01).

Conclusão: dois anos após a contaminação pelo SARS-Cov-2 os pacientes apresentam déficit importante do trabalho cardíaco. Entretanto, os fatores causais não podem ser explicados a partir do protocolo utilizado.

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