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Resposta vascular femoral após uma sessão de eletroestimulação de corpo inteiro em pacientes com Insuficiência Cardíaca

Patrícia Faria Camargo, Paula Angélica Ricci, Flávia Cristina Rossi Caruso Bonjorno, Nelson Francisco Serrão Junior, Guilherme Dionir Back, Meliza Goi Roscani, Audrey Borghi-Silva
Universidade Federal de São Carlos - São Carlos - São Paulo - Brasil

Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) é uma condição caracterizada pela disfunção do ventrículo esquerdo, resultando em comprometimento da capacidade de bombeamento sanguíneo, o que leva à perfusão inadequada dos tecidos periféricos, principalmente dos membros inferiores. Neste contexto, a eletroestimulação de corpo inteiro (EMS-WB) é uma terapia tecnológica interessante, segura e eficaz, que pode ser um recurso capaz de prevenir a atrofia e aumentar a força muscular, especialmente em idosos frágeis. No entanto, se a EMS-WB poderia modular positivamente o fluxo sanguíneo femoral em pacientes com IC ainda merece ser investigado. Objetivo: Verificar se a EMS-WB, em uma única sessão, pode melhorar o fluxo sanguíneo femoral em pacientes com IC. Métodos: 10 indivíduos foram avaliados quanto à função cardíaca e composição corporal. Em seguida, foram submetidos a uma avaliação da reatividade vascular antes e após uma sessão de EMS-WB de 15 minutos. Para análise estatística foi utilizado o teste t de Student, comparando os momentos antes e após a sessão EMS-WB. Resultados: Foram avaliados 10 indivíduos (7 homens; 3 mulheres), com média de idade de 63 anos e fração de ejeção de 41%. Os principais achados foram: 1) fluxo pré-hiperemia: aumento significativo do fluxo sanguíneo após EMS-WB (de 0,026 cm/s para 0,036 cm/s; p= 0,01), indicando melhora na perfusão vascular; 2) diâmetro da artéria femoral: o diâmetro basal (pré-hiperemia) aumentou significativamente após a intervenção (de 6,932 mm para 7,279 mm; p= 0,02). Além disso, também houve aumento do diâmetro vascular nos tempos subsequentes (1º, 2º e 3º minutos pós-hiperemia; p=0,009; p=0,03; p=0,03, respectivamente); 3) diâmetro da hiperemia: a resposta vasodilatadora foi maior após EMS-WB (de 7,256 mm para 8,392 mm; p= 0,003), sugerindo melhora na reatividade vascular; 4) dilatação mediada por fluxo (DMF): também aumentou significativamente (p=0,04), reforçando a melhora aguda da função endotelial. Conclusão: Este estudo demonstrou que uma única sessão de EMS-WB pode melhorar significativamente o fluxo sanguíneo e o diâmetro da artéria femoral em pacientes com IC, indicando seu potencial para modular positivamente a reatividade vascular. Tais achados sugerem que a EMS-WB pode ser uma intervenção não invasiva eficaz na prevenção da disfunção circulatória periférica, especialmente em pacientes com limitações motoras. No entanto, são necessários estudos adicionais para avaliar seus efeitos a longo prazo e aplicabilidade clínica.

Apoio financeiro: CAPES-001; CNPq: 175212/2023-6.

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