Introdução: A Insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome caracterizada por alterações estruturais ou funcionais cardíacas que podem ocorrer devido a redução do débito cardíaco ou devido as elevadas pressões de enchimento, sendo considerada a via final de diversas cardiopatias. As manifestações clínicas mais comuns da IC são a dispneia e a fadiga, que gera uma grande intolerância ao esforço e prejuízos na capacidade funcional. O exercício pode promover o aumento do débito cardíaco o que leva a uma redistribuição do fluxo sanguíneo no musculo esquelético e melhora a tolerância ao esforço. O objetivo desse estudo é avaliar o comportamento hemodinâmico durante o exercício dos pacientes em fila de transplante cardíaco em uso de suporte inotrópico positivo. Métodos: Trata-se de um estudo longitudinal com pacientes internados com IC avançada. Durante 8 semanas, os pacientes realizaram reabilitação com exercícios resistidos e aeróbico. Foram avaliados os parâmetros hemodinâmicos antes, durante e após o exercício (Aprovação: CAEE 81176124.0.0000.5462). Os dados foram expressos em mediana e intervalo interquartil para três grupos: frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD), ao longo das semanas. Resultados: Os parâmetros foram representados graficamente. A FC foi maior nos exercícios aeróbicos ao longo das semanas (figura 1), enquanto os exercícios resistidos demonstraram melhor adaptação progressiva. A PAS mostrou elevação predominante nos exercícios aeróbicos, com aumento pontual nos exercícios resistidos, possivelmente ligado ao aumento de carga (figura 2). A PAD variou entre os tipos de exercício, sem padrão claro, mas com distribuição mais homogênea nos exercícios aeróbicos (figura 3). Conclusão: O estudo evidencia diferenças na resposta hemodinâmica entre os tipos de exercício. A FC foi maior nos exercícios aeróbicos, enquanto os exercícios resistidos favoreceram uma melhor adaptação. A PAS aumentou mais nos exercícios aeróbicos, com variação nos resistidos, e a PAD não apresentou padrão definido. Esses achados reforçam a importância da individualização e monitoramento na prescrição de exercícios para segurança e eficácia da reabilitação.
