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Impacto da Cardiopatia Reumática Crônica na Bahia: Tendências e Projeções.

Beatriz Zilda Baldi, André Cedro Souza, Hugo Ferraz Lacerda, Manoel Luiz Correia Junior, Maurício da Silva Santana, Bruno Baldassaro Baldi, Yuri Oliveira, Júlia Rodrigues Santos, Amanda da Silva Corona, Dhiego Victorio Pereira Couto
Unesulbahia - Eunápolis - BA - Brasil, Grupo CDR - Eunápolis - BA - Brasil

Introdução

A Cardiopatia Reumática Crônica (CRC) é uma complicação da Febre Reumática, resultante de infecções por Streptococo Beta Hemolítico do Grupo A. Caracterizada tipicamente por lesões valvares, essa condição ainda representa um importante problema de saúde pública no Brasil, especialmente nas regiões com maiores desigualdade socioeconômicas. O estado da Bahia apresenta uma prevalência significativa da doença.

 

Metodologia

 

Estudo retrospectivo, realizado com dados extraídos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), referentes ao ano de 2024 no estado da Bahia. Foram analisadas as internações por CRC, considerando as variáveis sexo, etnia, caráter de atendimento e faixa etária. A projeção das internações para o período de 2025 a 2029 foi realizada utilizando uma fórmula de crescimento exponencial simples, com uma taxa de crescimento anual de 2%, tomando como base os dados absolutos de internações de 2015 a 2024.

 

Resultados

 

Em 2024, a Bahia registrou 701 internações por CRC, com uma taxa de prevalência de 4,72 casos por 100.000 habitantes. Observou-se que a faixa etária mais afetada foi a de 50 a 59 anos, com 174 internações (25%), seguida pelas faixas de 40 a 49 anos (171 internações, 24%) e 60 a 69 anos (114 internações, 16%). O sexo feminino foi o mais afetado, representando 64% dos casos, com 449 internações. Em relação ao caráter das internações, 72% ocorreram de forma eletiva (506 casos), enquanto 27% foram em caráter de urgência, especialmente entre pacientes menores de 14 anos, o que indica complicações mais graves e imediatas nesta faixa etária. Do ponto de vista étnico, 82% das internações ocorreram na população parda, refletindo possíveis desigualdades no acesso a cuidados de saúde preventivos


Para os próximos anos, as projeções indicam um aumento gradual nas internações, com 715 internações previstas para 2025, aumentando para 774 em 2029, o que reflete uma tendência de crescimento contínuo da doença, influenciada pelo envelhecimento populacional e pela persistência das desigualdades no acesso à saúde.

 

Conclusão

A CRC continua a ser um problema relevante no estado da Bahia, com uma concentração de internações na população de meia idade e uma prevalência maior entre as mulheres e a população parda. As projeções para os próximos cinco anos sugerem que o número de internações continuará a crescer, refletindo a necessidade de políticas públicas mais eficazes de terapia profilática e diagnóstico precoce na população susceptível.

 

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