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ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DE DRENOS NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA PEDIÁTRICA E TEMPO DE INTERNAÇÃO

Amanda Gomes de Sousa, Maximino Rocha Lorena, Ebélin Estevão dos Santos, Íbis Ariana Pena de Moraes, Daiana Viana Gama, Natália Maciel Muniz, Laís Maria M. Ferreira, Monique Marques, Carlos B. M. Monteiro, Mariana Carvalho de Oliveira
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

Introdução: No Brasil, nascem cerca de 30 mil bebês com cardiopatia congênita (CC), sendo a abordagem cirúrgica uma das formas invasivas de tratamento que aumentam as chances de uma maior sobrevida. No pós-operatório, a utilização de dispositivos invasivos pode ser necessária, como drenos torácicos e/ou cardíacos. Tais dispositivos podem levar a restrições de mobilidade no leito, gerando importantes comorbidades que estão associadas a maior tempo de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e maior tempo de ventilação mecânica (VM) quando associados a complicações clínicas e pós-cirúrgicas. O objetivo deste estudo é avaliar o tempo de uso de drenos no pós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica e a relação com o tempo de VM e o tempo de internação. Metodologia: Trata-se de uma análise de dados de pacientes com cardiopatia congênita submetidos à cirurgia cardíaca (Comitê de Ética 71684123.5.0000.5462), com diferentes cardiopatias, de 0 a 17 anos. As variáveis monitoradas incluíram tipo de cardiopatia, tempo de VM e tempo de internação hospitalar. As variáveis clínicas, número de drenos, tempo de internação e de VM foram expressas em média, desvio padrão e porcentagem. Foi realizada a correlação de Spearman para analisar o tempo de internação e VM com o número de drenos. Resultados: A amostra foi composta por 24 pacientes, divididos em três grupos conforme a CC, classificados em hipofluxo e hiperfluxo pulmonar e cardiopatias complexas (Figura 1). As cardiopatias complexas apresentaram maior número de drenos e maior tempo de permanência com os dispositivos. Em relação à quantidade de dias com o dispositivo, encontrou-se uma correlação moderada em relação ao tempo de VM (r = 0,668 / p < 0,001) e forte para o tempo de UTI (r = 0,800 / p < 0,001). Quando analisada a quantidade de drenos, encontrou-se uma correlação fraca em relação ao tempo de VM (r = 0,487 / p = 0,016) e ao tempo de UTI (r = 0,438 / p = 0,032), porém ambas significativas (Figura 2). Conclusão: Concluímos que, quanto maior a quantidade de drenos e a quantidade de dias com os drenos, maior o tempo de ventilação mecânica e o tempo de permanência na UTI. As cardiopatias complexas apresentam maior tempo de uso e quantidade dos dispositivos. Assim, esses achados reforçam a necessidade de estratégias para minimizar os impactos da utilização dos dispositivos na recuperação pós-operatória e medidas para segurança na mobilização.

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19, 20 e 21 de Junho de 2025