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Comparação entre ablação por cateter vs drogas antiarrítmicas para taquicardia ventricular: Uma revisão sistemática e meta-análise de ensaios clínicos randomizados

Danilo Monteiro Ribeiro, Isabela Aguiar, Aminah Fauaz, Théo Tozzo , Luis Henrique Rios, Clara Rocha, Matheus de Nóbrega, Maria Isadora Rodrigues, Francinny Kelly
UAM - Piracicaba - São Paulo - Brasil

Introdução: A taquicardia ventricular (TV) é uma complicação comum em pacientes com infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca isquêmica, podendo levar a eventos fatais, como fibrilação ventricular. O tratamento para a TV inclui medicamentos antiarrítmicos (AAs) e ablação por cateter, ambos com o objetivo de controlar a frequência cardíaca e prevenir episódios de TV. No entanto, em casos refratários, o controle com AAs nem sempre é eficaz, o que pode exigir a utilização de cardioversores-desfibriladores implantáveis (CDIs). Esses dispositivos, embora eficazes na prevenção de morte súbita, não resolvem a causa da TV. Este estudo visa comparar a eficácia da ablação por cateter com o tratamento com AAs escalonados em pacientes com TV refratária.

Métodos: Foi realizada uma busca nas bases de dados PubMed, Embase e Scopus para ensaios clínicos randomizados (ECRs) que compararam ablação por cateter e AAs em pacientes com TV. A análise focou em desfechos clínicos, como a redução dos episódios de TV tratados com CDI, controle da frequência cardíaca e prevenção de complicações como fibrilação ventricular. Razões de risco (RR), Taxa de risco (HR) e intervalos de confiança de 95% (IC) foram calculados para comparar a eficácia entre os tratamentos.

Resultados: Foram incluídos 5 ECRs com 1.577 pacientes, sendo 783 submetidos à ablação por cateter. O tempo médio de acompanhamento foi de 2 anos. A ablação por cateter foi associada a uma redução significativa no risco de desfechos compostos, como morte (HR 0,71; IC 95% 0,59 a 0,86; p < 0,001). No entanto, não houve diferença significativa nos desfechos de insuficiência cardíaca (RR 0,83; p = 0,45), hospitalizações não planejadas (RR 0,78; p = 0,12) ou uso de CDI (RR 0,84; p =0,06).

Conclusão: Este estudo demonstra que a ablação por cateter é uma intervenção eficaz, associada a uma redução significativa no risco de desfechos compostos, incluindo a mortalidade. Embora não tenha havido diferenças estatisticamente significativas em relação a desfechos como insuficiência cardíaca, hospitalizações não planejadas ou uso de CDI, a redução da mortalidade é um resultado altamente relevante e promissor. Esses dados destacam a ablação por cateter como uma estratégia valiosa, com potencial para melhorar a qualidade de vida e os desfechos clínicos em longo prazo, abrindo oportunidades para investigações adicionais que possam otimizar ainda mais seu impacto no tratamento de pacientes com condições cardíacas.

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