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ANÁLISE COMPARATIVA DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS NO ESTADO DE SÃO PAULO.

Carlos Alberto Matos Filho , Júlia Freitas Oliveira Costa
Faculdade Pitágoras de Medicina de Eunápolis - Eunápolis - Bahia - Brasil

Introdução: O Infarto agudo do miocárdio (IAM) consiste na necrose miocárdica decorrente da obstrução aguda das artérias coronárias, apresentando sintomatologia de desconforto torácico acompanhada por alterações no eletrocardiograma e nos biomarcadores de necrose miocárdica. Desse modo, é de suma importância analisar o impacto da patologia na sociedade, visto que presenciamos um crescimento de comorbidades diretamente atreladas ao surgimento do IAM. Metodologia: O estudo consiste em uma análise epidemiológica, de modo descritivo, retrospectivo e transversal. Os resultados foram obtidos através do banco de dados de saúde DATASUS (TabNet), dos anos de 2020 a 2024, referente ao número de internações por ano, faixa etária, sexo, cor, tempo médio de permanência hospitalar e valor total gasto no estado de São Paulo. A análise dos dados foi realizada através de tabulação desses, em tabelas e gráficos, por meio de planilha no Excel. Resultados: No intervalo entre 2020 e 2024 houve 190.368 internações por IAM no estado de São Paulo, com média de permanência de 6,8 dias, possuindo o valor total gasto de 899.414.381,64 milhões de reais aos cofres públicos, representando 55,4% das internações no Sudeste, o qual obteve 343.528 casos ao todo. Nesse período correspondente às internações no estado de São Paulo, 170.210 (89,4%) apresentavam caráter de urgência, enquanto 20.158 (10,6%) foram eletivos, dos quais 121.168 (63,6%) eram homens e 69.200 (36,3%) eram mulheres. Além disso, 122.590 (64,4%) eram brancos, 57.035 (29,9%) pardos e 10.743 (5,6%) pretos, sendo o grupo majoritário aquele com idade superior a 50 anos, representando 164.706 (86,5%) das internações, prevalecendo aqueles pacientes com idade entre 60 e 69 anos, com 61.732 (32,4%) casos. Em contrapartida, os indivíduos entre 5 e 7 anos de idade representam o grupo menos acometido, com total de 7 casos (0,003%). Por fim, analisando o período, nota-se uma piora nos casos de internação, visto que no ano de 2020 houve 31.750 (16,6%) e, em 2014, 45.416 (23,8%). Conclusão: Percebe-se que o valor gasto com o total de internações demonstrou-se bem elevado, representando impacto ao dinheiro público, com tempo maior médio de permanência hospitalar de 6,8 dias. Ademais, houve uma prevalência maior de internação da população com idade entre 60 e 69 anos, além da predominância dessas internações não só do sexo masculino, mas também das pessoas de cor branca. Conclui-se que houve um aumento significativo no total de internações nos últimos 5 anos, representando a ascensão de comorbidades ocasionadoras ao surgimento do IAM.

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