Introdução: As doenças cardiovasculares representam uma das principais causas de mortalidade global, dentre elas estão a doença arterial coronariana (DAC) e as doenças valvares,que têm como via final a Insuficiência Cardíaca (IC). A IC é uma condição crônica em que o coração é incapaz de bombear sangue de maneira eficiente para atender às necessidades do corpo, repercutindo em alterações de força muscular pela falta de fluxo sanguíneo adequado e na funcionalidade por alteração do débito cardíaco. Objetivo: Avaliar a força muscular periférica dos pacientes que serão submetidos a cirurgia cardíaca e comparar a prevalência de déficit de força entre os pacientes com IC valvar e IC isquêmica. Métodos: Estudo de campo, descritivo, transversal, aprovado pelo Comitê de ética e pesquisa. Foram incluídos indivíduos de ambos os sexos, internados eletivamente para realização de cirurgia cardíaca podendo ser cirurgia de troca e/ou plastia valvar ou cirurgia de revascularização do miocárdio, que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foi mensurado a força de preensão palmar (FPP) e os indivíduos foram classificados de acordo com escala de sintomas de IC da New York Heart Association (NYHA). Resultados: A amostra foi composta por 40 participantes, a maioria do sexo masculino (n= 24; 60%), com média de 61 anos (8,22), sendo 32,5% (n=13) internados para realização de cirurgia valvar e 67,5% (n=27) para a cirurgia de revascularização do miocárdio. A fração de ejeção de ventrículo esquerdo (FEVE) média foi de 56% e a maior parte da amostra (n= 23; 57,5%) foi classificada com NYHA III. A média de valor da FPP foi de 23,5 kgf para mulheres e 36,95 kgf para homens, sendo que a prevalência de déficit de força foi de 22,5% (n=9) na amostra total, de 23,1% (N=3) no grupo dos pacientes com IC valvar e de 22,2% (N=6) no grupo de pacientes com IC isquêmica, onde apesar de identificarmos uma diferença numérica, não houve diferença estatística significativa (p=0,952). Conclusão: Não foi identificado alta prevalência em déficit de força de preensão palmar na amostra, ademais a etiologia da IC não obteve impacto estatístico significativo na prevalência de déficit de força, apesar da amostra ser composta em sua maioria indivíduos da classe funcional III que reflete sintomas moderados com limitação importante.