SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Influência da origem das arritmias ventriculares nos eventos arrítmicos de portadores de cardioversor-desfibrilador implantável

Carlos Arthur Hansel Diniz da Costa , Gabriela Menichelli Medeiros Coelho, Rhanniel Theodorus Helhyas Oliveira Shilva Gomes Villar, Gabriela Rodrigues de Oliveira, Pedro Henrique Correia Filgueiras, Enia Lúcia Coutinho, Claudio Cirenza, Angelo Amato Vincenzo de Paola
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL

Introdução: Ectopias ventriculares (EV) são fenômenos elétricos originários de partes distintas do coração com várias apresentações morfológicas, podendo modificar o funcionamento de dispositivos de estimulação cardíaca. O impacto da morfologia e local da origem das EV no prognóstico de portadores de cardioversor-desfibrilador implantável (CDI) ainda não foi investigado. Objetivo: Avaliar como a distribuição tridimensional das arritmias ventriculares interfere na evolução dos pacientes portadores de CDI. Métodos: 55 pacientes consentiram participar do estudo (Tabela 1). A idade foi de 61,9 ± 13,4 anos e a fração de ejeção média foi de 49,1 ± 16,1%. O tempo de seguimento foi de 41,12 ± 13,48 meses. Ao longo deste período, dois exames de Holter de 12 derivações foram obtidos de cada participante, com um intervalo mínimo de 4 meses. Os exames foram registrados utilizando o sistema de 7 eletrodos do gravador DMS 300-8 (DMS inc.USA). A taxa de amostragem foi de 4096 por segundo em resolução de 8 bit. As EV foram classificadas conforme o sistema tridimensional (Kuchar et.al, JACC, 1989). A análise estatística foi feita pelos softwares SPSS Statistics, versão 27.0 e, para os modelos mistos generalizados, o software Jamovi versão 2.4.11 com os pacotes GAMLj e parameters para R, versão 4.1. O valor de significância estatística foi igual a 5% (p ≤ 0,05). Os resultados também foram interpretados comb ase no tamanho do efeito. Resultados: À medida em que o número de EV de um paciente aumenta, ocorre uma redução na chance delas se originarem do ápice do VE em relação à região basal e a intermédia. Houve tendência, ainda que não significativa, de um menor número det aquicardias ventriculares nos portadores de EV apicais. Notamos também uma tendência de menos EV apicais entre aqueles que apresentaram terapia pelo CDI (Tabela 2). Não houve diferença significativa entre o número de terapias dos pacientes que apresentavam < 10 EV por hora e aqueles que apresentavam > 10 EV por hora (p = 0,7626). Conclusões: O número de terapias entre pacientes com poucas ou muitas EV não foi diferente. EV apicais foram inversamente correlacionadas com o número de ectopias, quantidade de taquicardias ventriculares e presença de terapias pelo CDI.

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

45º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

19, 20 e 21 de Junho de 2025