Introdução: A obesidade infanto-juvenil tem alcançado proporções devastadoras, sendo considerada uma doença crônica em ascendência cada vez maior, chamando a atenção de pesquisadores em saúde pela elevada prevalência nas últimas décadas, crianças do mundo inteiro independente de classe social estão apresentando esse quadro cada vez mais cedo. Dentre inúmeros fatores negativos ocasionados pela obesidade infantil, um dos mais negativos é a hipertensão arterial sistêmica na infância, o que levará a ocorrência de hipertrofia ventricular esquerda, apresentando um aumento na prevalência de geometria ventricular esquerda anormal, doença renovascular, coarctação da aorta, doença parênquima renal, hipertensão essencial, dentre outras. Sendo assim as alterações de frequência cardíaca e pressão arterial são inevitáveis e devem sofrer intervenção imediata e eficaz, promovendo qualidade de vida, principalmente educação e saúde para a redução do risco de agravos e até mesmo morte súbita nessas crianças e adolescentes. Objetivo: verificar a existência de relação entre a frequência cardíaca (FC) e o índice de massa corporal (IMC) em escolares com sobrepeso, baixo peso e IMC considerado adequado do ensino fundamental de escolas públicas e privadas de uma cidade da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. Métodos: a amostra do presente estudo foi composta por 2.300 alunos voluntários, de ambos os sexos, idade entre 9 e 18 anos, matriculados no ensino fundamental de escolas da rede pública e privada. A coleta de dados ocorreu nas sextas-feiras, no período de novembro de 2018 a dezembro de 2019. Os instrumentos utilizados foram oxímetro de pulso da marca ChoiceMMed para mensurar a FC, balança digital Omron HBF-226 e fita métrica para medidas antropométricas. Resultados: não houve diferença significativa (p= 0,83) na frequência cardíaca dos estudantes com sobrepeso, baixo peso e IMC adequado. Conclusão: mesmo não havendo diferença na frequência cardíaca entre os grupos, foi possível observar casos preocupantes no que diz respeito ao IMC e frequência cardíaca de alguns alunos. Apresentando uma necessidade maior para estudo sobre possíveis prevenções e intervenções no âmbito escolar, para que esse grupo tenha melhor qualidade de vida, com orientações para prevenir possíveis comorbidades futuras.