Introdução: O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é causado por uma redução ou interrupção do fluxo sanguíneo coronariano para o músculo cardíaco, que pode ser acarretada por presença de placa aterosclerótica decorrente do excesso de depósito de gordura na parede arterial e representa mais de 80% dos casos de doença isquêmica do coração sendo considerada a mais letal. Identificar esses dados, permite avaliar a efetividade das políticas de saúde e direcionar estratégias para a redução de óbitos. Objetivo: Analisar os índices e taxas de mortalidade referentes ao (IAM) na população idosa nos municípios do estado de São Paulo nos últimos 6 anos. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo baseado em registros de banco de dados administrativo do Departamento de Informações do SUS (DATASUS/TABNET), que buscou informações sobre internações hospitalares por (IAM) de idosos com faixa etária acima de 60 anos do sexo feminino e masculino, por local de internação, nos municípios do estado de São Paulo e total de óbitos por (IAM) nos períodos de 2019 a 2024. Resultados: Entre os anos de 2019 a 2024 foram registrados 18.036 óbitos de (IAM) sendo 9.883 (54,8%) idosos do sexo masculino e 8.153 (45,2%) do sexo feminino. A faixa etária de maior incidência de óbitos de (IAM) é entre 80 anos e mais com um total de 4.782 (26,5%). Na faixa etária de 60 a 64 anos, os números de morte de (IAM) são de 2.917 (16,2%). Foram 3.595 (19,9%) casos de indivíduos com 65 a 69 anos, de 70 a 74 anos 3.568 (19,8%) e enquanto de 75 a 79 anos 3.174 (17,6%) casos de óbitos. A pesquisa mostra a incidência de internação em tratamento para (IAM) na população idosa entre 60 a 80 anos ou mais com cerca de 153.352 casos tratados em ambiente hospitalar, além disso, o ano de 2024 mostrou maiores índices de (IAM), com cerca de 29.584 casos em todo Estado de São Paulo. As cidades que se destacaram com maiores números de óbitos foram a capital de São Paulo e grandes cidades como Santo André e Campinas. Conclusão: A pesquisa mostra que os idosos do sexo masculino apresentam maiores taxas de mortalidade por (IAM), cerca de 23 mil casos a mais. Dados do IBGE comprovam que os homens cuidam menos da saúde, menos adeptos a praticarem atividades físicas, fumam mais, ingerem maior quantidade de bebida alcoólica e estão sujeitos ao estresse comparados com as mulheres. Levando em conta que existem fatores de risco modificáveis e não modificáveis na prevenção de doenças cardiovasculares, é necessário maiores buscas e estratégias para a melhoria da qualidade de vida dessa população idosa.