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A PLETISMOGRAFIA CORPORAL E A CAPACIDADE DE DIFUSÃO PODEM OFERECER MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O DESEMPENHO DO TESTE DE SEIS MINUTOS EM PACIENTES COM COVID-19 AGUDA LEVE?

ALDAIR DARLAN SANTOS-DE-ARAÚJO, Daniela Bassi-Dibai, Renan Shida Marinho, Sigrid de Sousa dos Santos, Audrey Borghi-Silva
Universidade Federal de São Carlos - São Carlos - SP - Brasil, Universidade CEUMA - São Luís - MA - Brasil

Introdução: O teste de degrau de seis minutos (6MST) é uma medida confiável de capacidade funcional e tem sido utilizado para avaliar a recuperação em indivíduos pós-COVID. No entanto, uma compreensão detalhada de como a função pulmonar influencia o desempenho no 6MST nessa população ainda é pouco explorada. O objetivo deste estudo foi avaliar se a pletismografia corporal e a capacidade de difusão podem prever o desempenho no 6MST em indivíduos com COVID-19 leve aguda. Métodos: Este estudo observacional transversal incluiu indivíduos com 18 anos ou mais que se recuperaram de COVID-19 leve. O 6MST foi realizado de acordo com as recomendações internacionais. A pletismografia corporal foi utilizada para avaliar a capacidade pulmonar total (TLC), com o paciente sentado em uma câmara hermética, respirando através de um bocal, enquanto mudanças de pressão e volume calcularam a TLC com base na lei de Boyle. Para avaliar a difusão pulmonar (DLCO) e o coeficiente de transferência (KCO), o paciente inalou uma mistura de gases, respirou normalmente e exalou lentamente até atingir o volume residual. Modelos de regressão linear foram aplicados para avaliar a influência da pletismografia corporal e da capacidade de difusão na capacidade funcional. Resultados: O estudo incluiu 40 participantes, com média de idade de 35 ± 12 anos, dos quais 58% eram mulheres. As medições de difusão pulmonar e capacidade pulmonar apresentaram as seguintes médias: DLCOSB [ml/(min.mmHg)] 25,39 ± 7,68, DLCOSB %previsto 84,43 ± 15,71, KCO [ml/(min.mmHgL)] 5,04 ± 0,78, KCO %previsto 99,58 ± 15,48, TLC-SB (L) 5,08 ± 1,22 e TLC-SB %previsto 87,38 ± 12,01. A análise de regressão univariada revelou associações significativas entre várias variáveis e o desempenho no 6MST. DLCOSB [ml/(min.mmHg)] demonstrou a relação mais forte, com um coeficiente β não padronizado de 2,652 (p < 0,001, R² ajustado = 0,28). DLCOSB %previsto também apresentou associação significativa (β = 1,129, p = 0,002, R² ajustado = 0,20). TLC-SB (L) e TLC-SB %previsto foram preditores significativos do desempenho no 6MST (p = 0,029 e p = 0,003, respectivamente). No entanto, KCO [ml/(min.mmHgL)] e KCO %previsto não mostraram associações significativas (p = 0,100 e p = 0,210, respectivamente). Conclusão: A difusão pulmonar e a capacidade pulmonar são preditores significativos do desempenho no 6MST em indivíduos que se recuperaram de COVID-19 leve aguda.

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