Introdução: A força de preensão manual (FPM) tem sido identificada como um preditor do estado geral de saúde; no entanto, sua aplicabilidade em pacientes revascularizados ainda é incerta, destacando a necessidade de investigar seu comportamento nessa população. Objetivo: Analisar as mudanças na FPM após a participação em um programa de Reabilitação Cardíaca (RC) Fase II em indivíduos revascularizados. Métodos: Estudo prospectivo realizado com 24 pacientes submetidos à revascularização miocárdica, avaliando as alterações na FPM, capacidade física funcional, perfil lipídico, modulação autonômica cardiovascular e composição corporal após o processo de RC Fase II. Resultados: Houve aumento significativo na FPM normalizada pelo peso corporal (pré-reabilitação: 0,35 ± 0,08 Kg/m vs. pós-reabilitação: 0,85 ± 0,09 Kg/m; p < 0,01), além de melhora na distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos (pré-reabilitação: 477 ± 81 metros vs. pós-reabilitação: 500 ± 14,9 metros; p < 0,01). Observou-se uma associação negativa entre idade e mudanças na FPM normalizada (beta = -0,004, IC 95% = -0,008; -0,0005; p = 0,026) e uma associação positiva com alterações na assimetria da FPM após a participação no programa de RC (beta = 0,475, IC 95% = 0,088; 0,929; p = 0,020). Conclusão: O programa de RC Fase II contribuiu para a melhora da tolerância ao esforço físico e da FPM, sendo esta última influenciada pela idade do paciente revascularizado. Esse achado ressalta a importância de considerar a idade na elaboração e personalização dos programas de reabilitação.