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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

ABLAÇÃO POR CATETER DA REGIÃO PARAHISSIANA

Aldryn Nunes Castro, Raquel de Jesus Pires Brito da Canhota , Marcelo François A. Rodrigues , Kaline dos Santos Kishishita Castro
Hospital São Domingos - São Luís - MA - Brasil

Introdução: A ablação de vias acessórias localizadas na região  é procedimento minucioso, mesmo se realizado por profissionais experientes, devido ao risco de lesão inadvertida do feixe de His. A aplicação de energia térmica por radiofrequência (RF) muitas das vezes é a única disponível em determinado serviço, acarretando em uma taxa de insucesso elevada. A crioablação permite a interrupção da aplicação em caso de sinais de lesões indesejadas. Outro sim, a adesividade do cateter durante as aplicações tem tornado a crioablação o método ideal para essa população de pacientes. Métodos: Relato de caso de paciente portadora de via acessória manifesta encaminhada por insucesso após duas tentativas de ablação por RF. Resultados: E. F. S., sexo feminimo, 29 anos, parda, em acompanhamento cardiológico em nossa instituição por refereciamento devido presença de via acessória parahissiana detectada em procedimentos prévios de ablação. A paciente fora submetida a tentativa de ablação por RF com cateter convencional em março de 2024 e em outubro de 2024, com cateter irrigado. Evoluiu com sintomas de palpitações taquicárdicas com comprometimento de suas atividades laborais, sendo proposta nova abordagem por crioablação em dezembro de 2024. Medidas intracavitárias HV: 0. O mapeamento do átrio direito em ritmo sinusal com cateter ablador no anel tricuspídeo verificou fusão AV em região parahissiana. Aplicada criogenia em região alvo com temperatura de – 80°C e duração de 240 segundos, com término da pré-excitação após 30 segundos de aplicação. Realizado mais 100 segundos de reforço nessa região, permanecendo em ritmo sinusal, sem via acessória manifesta. Não se observou aumento de AH e HV durante aplicação. Finalizado o procedimento sem intercorrências e com critérios de sucesso. Retirado os introdutores e realizado compressão manual com adequada hemostasia. A paciente retornou em reavaliação ambulatorial em 06/02/2025, realizou holter e teste ergométrico sem arritmias registradas e sem pré-excitação ventricular. Conclusões: É muito importante ter um bom entendimento da anatomia durante a ablação por RF, não apenas o que está em contato com o cateter de ablação, mas também o que está ao redor da área que está sendo ablacionada. Isso pode ajudar tanto a melhorar os resultados do procedimento quanto a limitar ou evitar complicações na ablação da região parahissiana. A crioablação de vias parahissianas é um método eficaz para tratamento nessa população de pacientes refratários ao tratamento por RF.

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