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Efetividade da telessaúde em pacientes com obesidade submetidos a programas de gerenciamento de peso: uma revisão sistemática e meta-análise

Bernal, JVM, Segura, A, Carvajal, N, Garcia, H, Camacho, G, Monar, S, Villegas, E, Souza, HCD
FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - Ribeirão Preto - SP - BRASIL, UNIVERSIDAD SANTIAGO DE CALI - Cali - Valle del Cauca - Colômbia

Introdução: A obesidade é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde como um importante problema de saúde pública devido à sua associação com o aumento do risco de doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, dislipidemias e diabetes mellitus. Entre as estratégias não farmacológicas para o controle do peso, os programas de telessaúde têm se mostrado promissores, especialmente com o crescimento do uso de tecnologias digitais para a promoção da saúde. No entanto, a efetividade desses programas na modificação da composição corporal, na adesão ao tratamento e nos biomarcadores metabólicos ainda não está completamente estabelecida. Objetivo: Descrever os efeitos de programas de telessaúde no manejo da massa corporal e dos biomarcadores metabólicos, bem como na adesão ao tratamento não farmacológico, em adultos com obesidade [índice de massa corporal (IMC) acima de 30 kg/m2]. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática que seguiu as diretrizes PRISMA e foi registrada no PROSPERO (CRD42024506102). A busca de estudos foi realizada nas bases de dados PubMed, Scopus, Web of Science, Ovid e EBSCO, abrangendo o período de 2019 a 2023. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados, estudos caso-controle e estudos de coorte que compararam programas de telessaúde com intervenções presenciais convencionais. A extração de dados foi realizada por três revisores independentes, e a síntese dos dados incluiu meta-análises, sempre que possível. Resultados: Nove estudos atenderam aos critérios de elegibilidade e foram incluídos. A meta-análise indicou que 12 semanas de telessaúde não promoveram efeitos significativos no peso, IMC e hemoglobina glicada em relação ao atendimento convencional. No entanto, 6 meses de intervenção reduziram significativamente o IMC [diferença média (DM) = -1,10; intervalo de confiança de 95% (IC95%) = -1,53 a -0,68] e o colesterol total [DM = -0,28; IC95% = -0,46 a -0,10], além de aumentar a ingestão de frutas [DM = 0,48; IC95% = 0,31 a 0,65] e vegetais [DM = 0,37; IC95% = 0,16 a 0,58]. Após 12 meses, observou-se redução do colesterol total [DM = -0,31; IC95% = -0,47 a -0,15] e do LDL [DM = -0,28; IC95% = -0,46 a -0,10]. Conclusão: Programas de telessaúde são eficazes no manejo do peso e de biomarcadores metabólicos em adultos com obesidade, especialmente em intervenções com duração a partir de seis meses.

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