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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Qualidade de sono e modulação autonômica cardíaca em pacientes oncológicos

Ana Júlia Maximiana de Souza , Maria Vitoria T. Oliveira, Joyce K. S. Santos, Anna Julia G. Arão, Natalia G. Oliveira, Profª Dra. Mariana R. Palma, Profª Ma. Mariana P. Bertoche, Profª Dra. Carolina Takahashi
FEMA - Assis - SP - Brasil

Introdução: O câncer corresponde a uma das principais causas de doença e morte à nível mundial, e seu tratamento gera impactos significativos na saúde física e emocional dos pacientes. Terapias como quimioterapia, radioterapia e terapia hormonal podem causar efeitos adversos, comprometendo a qualidade de vida, modulação autonômica cardíaca e capacidade funcional do indivíduo. Outro componente também afetado pela doença e seu tratamento é a qualidade do sono, onde este pode ser comprometido por fatores como dor, ansiedade e efeitos colaterais do tratamento. Objetivo: Identificar o padrão de qualidade de sono de pacientes em tratamento oncológico, e traçar o seu perfil autonômico cardíaco. Metodologia: Este estudo transversal analisou 13 pacientes oncológicos atendidos em um hospital do interior do estado de São Paulo. Foram incluídos indivíduos de ambos os sexos, acima de 18 anos, com o diagnóstico de câncer de mama (11 pacientes, 84,6%) e próstata (2 pacientes, 15,4%). Na anamnese foram obtidos dados para caracterização. A qualidade do sono foi mensurada por meio do Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (a partir de 5 pontos o indivíduo apresenta grande dificuldade durante o sono, indicando pior qualidade de sono). A avaliação do sistema nervoso autônomo foi realizada por meio da variabilidade da frequência cardíaca (VFC), onde os índices analisados foram: rMSSD, SDNN, e pNN50. Os dados foram apresentados pelo método estatístico descritivo. Resultados: A amostra apresentou a média de 57,46 anos, 28,74 kg/m², onze pacientes relataram a presença de sintomas, onde os mais relatados foram a perda de apetite (10 – 76,9%), dor no corpo (9 – 69,2%), fadiga (8 – 61,5%) e vômitos (8 – 61,5%). A VFC apontou que os pacientes apresentaram um perfil com modulação parassimpática reduzida, indicada pelos índices pNN50 (2,32±5,66 %) e rMSSD (18,36±15,12 ms), além disso, o valor médio do SDNN (34,43±24,29 ms) também indica baixa variabilidade global dos pacientes. Na qualidade de sono, os pacientes apresentaram um padrão ruim, com média de 6,38 pontos – 10 pacientes (77%) com qualidade de sono ruim. Conclusão: Conclui-se que estes pacientes em tratamento oncológico, em sua maioria, apresentam comprometimento na qualidade de sono, e seu perfil autonômico cardíaco indica uma modulação parassimpática reduzida, assim como redução da atividade autonômica global.

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19, 20 e 21 de Junho de 2025