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Amiloidose no Brasil: Perfil de Mortalidade e Análise Regional (2010-2023)

ANA LUIZA BARBOSA, Marcelo Dantas Campos, João Paulo Araújo da Silva, Maria Eduarda Vasconcelos Nakamura, Larissa Silva Cunha, Maria Marina Vizioli Pedroso de Cruz, Leticia Negri, Isabella Araújo di Mase, Giovanna Galvão Talassi, Ligia Luana Freire da Silva
9 DE JULHO - SÃO PAULO - SP - BRASIL

Introdução: A amiloidose cardíaca (AC), CID e85,  é uma doença de rápida progressão e prognóstico reservado, com sobrevida mediana variando de meses a poucos anos. Inicialmente considerada rara, avanços na imagem cardíaca revelaram sua prevalência significativa em grupos específicos. O diagnóstico e prognóstico precoces são cruciais para otimizar o tratamento e retardar a progressão da doença, independentemente das diferenças nos subtipos e apresentações clínicas. Objetivos: Avaliar o perfil de mortalidade por Amiloidose a nível Brasil e Estado de São Paulo entre os anos de 2010 a 2023. Métodos: Este estudo é um levantamento epidemiológico de origem ecológica, descritiva, transversal e retrospectiva. Os dados analisados foram obtidos a partir de casos novos registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponíveis na base de dados online do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A pesquisa abrangeu óbitos por Amiloidose  ocorridos entre 2010 e 2023, em São Paulo e no Brasil. As variáveis analisadas incluíram número de óbitos  por amiloidose, ano, faixa etária e sexo. Resultados: Entre 2010 e 2023, foram registradas 2.566 mortes por AC no Brasil, das quais 1.143 (44,5%) ocorreram em homens e 870 (33,9%) em mulheres. No Estado de São Paulo, especificamente, contabilizaram-se 318 óbitos masculinos (12,3%) e 235 femininos (9,1%). Quanto à distribuição racial, observou-se predominância da etnia branca, com 1.192 óbitos em nível nacional e 401 em São Paulo, seguida pela parda, com 545 mortes no Brasil e 79 no estado. Notadamente, o número de óbitos por amiloidose apresentou um crescimento exponencial na última década, com uma média anual de 197 mortes, sendo 553 registradas em São Paulo, representando cerca de 21,5% do total nacional. Conclusão: A amiloidose cardíaca (AC) é uma condição de alta morbimortalidade, com crescente número de óbitos no Brasil entre 2010 e 2023, predominantemente em homens e indivíduos da etnia branca. Esses dados reforçam a necessidade de diagnóstico precoce, acompanhamento contínuo e aprimoramento no manejo clínico, incluindo maior acesso a tecnologias de imagem e terapias específicas, para conter a progressão da doença e melhorar os desfechos clínicos.


Palavras-chave: "Amiloidose cardíaca"; "Diagnóstico precoce"; "Aprimoramento  de manejo”.

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