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Perfil epidemiológico sobre mortalidade de miocardite e pericardite pós pandemia do COVID-19

Andressa Girelli Cardoso, Anna Júlia Bertoldo Ferreira , Hellen Marinna Nunes Pinto, Millena de Oliveira Fernandes, João Kleber Silva Schuenck , Valeska Tavares
Universidade Nove de Julho - Guarulhos - São Paulo - Brasil

INTRODUÇÃO: Desde o início da pandemia de COVID-19, complicações cardiovasculares, incluindo miocardite (MD) e pericardite (PD), têm sido associadas tanto à infecção pelo SARS-CoV-2 quanto à vacinação com mRNA. Embora essas condições tenham etiologias variadas, as infecções virais permanecem como a principal causa etiológica. OBJETIVO: descrever a epidemiologia pos covid.METODOLOGIA: Estudo descritivo epidemiológico com dados extraídos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS). Foram selecionados registros de mortalidade entre 2016 e 2019 e entre 2020 e 2023 no estado de São Paulo, utilizando os códigos CID-10 I40 (Miocardite aguda) e I30 (Pericardite aguda). Além disso, realizou-se busca  no PubMed com os descritores “(Covid-19) AND (Myocarditis pericarditis mortality children)”, resultando em 14 estudos selecionados. RESULTADOS: No período de 2016 a 2019, foram registrados 36 casos de MD. A distribuição por faixa etária indicou médias anuais de 2,5 casos/ano em menores de 1 ano, 4 casos/ano entre 1-4 anos, 1,5 casos/ano entre 5-9 anos, 0,25 casos/ano entre 10-14 anos e 0,75 casos/ano entre 15-19 anos. Já de 2020 a 2023, o total de casos foi de 25, com médias anuais de 2,25 casos em menores de 1 ano, 1,25 casos entre 1-4 anos, 0,5 casos entre 5-9 anos, 1,25 casos entre 10-14 anos e 1 caso entre 15-19 anos. Observou-se, portanto, uma redução de 18% nos casos totais de MD entre os períodos analisados. Foram reportados 4 casos de PD de 2016-2019 na faixa etária de menores de 1 ano com uma média de 1 caso/ano e de 0,5 casos/ano entre 15-19 anos. No período entre 2020 e 2023, foram encontrados 5 casos, com média anual de 0,25 casos entre 10-14 anos e 0,75 casos entre 15-19 anos, totalizando uma queda de 60% dos eventos, com limitação de dados em outras faixas etárias. CONCLUSÃO: A análise sugere uma tendência geral de queda na mortalidade por MD e PD no período pós-pandêmico. Na MD, a redução de 18% pode ser associada a  mudanças nos fatores de risco, intervenções precoces ou até mesmo alterações das variáveis externas como mudança do estilo de vida ou melhor acesso ao sistema de saúde. á a redução de 60% em PD pode refletir avanços em condutas clínicas e estratégias de prevenção mais eficazes. Estes achados indicam progresso nas políticas públicas de saúde e de novas abordagens terapêuticas, destacando a necessidade de monitoramento contínuo e de estudos adicionais para avaliar os impactos de longo prazo das variáveis pós-pandêmicas e das vacinas mRNA sobre essas condições.

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