Método: Essa análise ecológica foi feita utilizando dados secundários sobre a taxa de mortalidade de pacientes submetidos à ICP no estado de São Paulo de 2008 a 2024. Os dados utilizados neste estudo foram obtidos a partir do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), gerenciado pelo DATASUS.
Análise estatística: Realizamos uma análise estadual para identificar a tendência da mortalidade por PCI entre 2008 e 2024. A variável dependente foi a taxa de mortalidade, e a variável independente foi o ano. Foram realizadas estatísticas descritivas e um gráfico de linha para ilustrar a evolução das taxas. A relação entre o ano e a taxa de mortalidade foi analisada com regressão linear simples e ANOVA para testar a significância do modelo. O estudo testou a hipótese de que o ano é um preditor significativo para a taxa de mortalidade, considerando variações nas práticas médicas.
Resultado: As taxas de mortalidade por ICP apresentaram média de 5,91% e desvio padrão de 1,36%. A regressão linear simples indicou uma relação entre o ano e a taxa de mortalidade, com coeficiente de 0,193, sugerindo um aumento médio de 0,193% ao ano. A análise revelou uma correlação levemente forte entre o ano e a taxa de mortalidade, com um coeficiente de correlação (R) de 0,715, com um coeficiente de determinação de (R² = 0,512), sugerindo que 51,2% da variabilidade na taxa de mortalidade. Conclusivamente através do método de análise de variância (ANOVA), observa-se uma tendência de aumento nas taxas de mortalidade associadas a ICP no estado de São Paulo nos anos estudados, com esse crescimento sendo mais exponente nos anos de 2020 a 2022.
Conclusão: Na amostra avaliada, apesar dos avanços técnicos na intervenção coronariana percutânea (PCI), a taxa de mortalidade apresentou um aumento significativo ao longo do período analisado. A tendência observada ressalta a importância de investigações futuras para identificar fatores adicionais que possam impactar os desfechos da PCI. Estudos mais aprofundados são essenciais para desenvolver estratégias que otimizem a assistência e reduzam a mortalidade associada ao procedimento.
