INTRODUÇÃO: A pandemia da COVID-19 atingiu o mundo em 2020, com mais de 767 milhões de pacientes confirmados e mais de 6,9 milhões de mortes. Cerca de 90% dos sobreviventes ficaram com sintomas persistentes. Trazendo em consideração as consequências da COVID-19, o nível de atividade física (AF) e comportamento sedentário (CS) podem estar comprometidos nestes casos. Deste modo, o objetivo principal desta pesquisa foi avaliar as mudanças no CS e nível de AF após um programa de reabilitação cardiopulmonar em pacientes com sintomas persistentes da COVID-19. Secundariamente, investigou-se os impactos da reabilitação sobre a capacidade de exercício. MÉTODOS: A avaliação do nível de AF, do CS dos pacientes foi realizada por meio da acelerometria antes e após a reabilitação e a capacidade de exercício por meio da distância percorrida no incremental shuttle walking test (ISWT). RESULTADOS: Os seis pacientes passaram por oito semanas de reabilitação baseada em exercícios cíclicos: aeróbicos, resistidos e alongamentos. Inicialmente, foi realizada estatística descritiva e os dados foram mostrados como frequências absolutas ou mediana (mínimo-máximo). Para a comparação das variáveis relativas ao CS, AF e capacidade de exercício antes e após a reabilitação, foi utilizado o teste de Wilcoxon. Foi considerado significativo (p=0,028), sem alterações significativas em AF leve e moderada e vigorosa. Outro achado importante foi o aumento da distância percorrida no ISWT (p=,028). CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo mostram que após um programa de reabilitação pulmonar de oito semanas houve uma diminuição do perfil sedentário, mas sem mudanças nos graus de AF mesmo com a melhora da capacidade de exercício.
