Introdução
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença crônica caracterizada por níveis pressóricos elevados (≥140/90 mmHg), tem origem multifatorial e geralmente assintomática, representando um fator de risco significativo para a morbimortalidade. O diagnóstico precoce é feito por aferição da pressão arterial, método simples, acessível e essencial para prevenir complicações.
Método
Estudo transversal descritivo com amostra de conveniência, envolvendo alunos de medicina, residentes e professores. A coleta de dados ocorreu no Parque Taquaral, em Campinas, nas datas 21/05/2023 e 08/06/2024. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, e o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Foram entrevistados 100 indivíduos no primeiro evento e 90 no segundo, sendo questionados sobre: gênero, idade, etnia, comorbidades, dados antropométricos, exames laboratoriais (glicemia e perfil lipídico), dieta, sono, tabagismo, etilismo, prática de exercícios e feita a aferição da pressão arterial. Os dados foram comparados com informações do Vigitel para análise da prevalência de HAS.
Análise Estatística
Para a análise estatística, os dados obtidos foram organizados e tabulados utilizando o Microsoft Excel. Os dados coletados apontam que no evento de 21/05, 37% dos participantes apresentaram diagnóstico de HAS, sendo 59% homens e 41% mulheres, enquanto 63% disseram não serem hipertensos. Além disso, 21,6% dos autodeclarados hipertensos também eram diabéticos e 40,5% dos autodenominados apresentavam dislipidemia.
No evento de 08/06, dos 90 participantes, 24% informaram ter hipertensão, 64% negaram a condição e 11% não souberam responder. Entre os homens, 36% de 45 relataram HAS, enquanto entre as mulheres, 13% das 45 participantes se autodeclararam hipertensas. Os dados locais foram comparados com o Vigitel 2023, a fim de obter uma melhor compreensão sobre a prevalência de HAS, o que indicou uma prevalência de 28,9% de HAS em São Paulo (29,1% entre homens e 28,7% entre mulheres).
Resultados
A prevalência de HAS entre os envolvidos foi similar à média estadual de São Paulo, sugerindo um risco elevado para complicações. Além disso, houve associação significativa entre hipertensão, diabetes e dislipidemia.
Conclusão
O estudo reforça a necessidade de estratégias eficazes no combate à HAS, com acompanhamento próximo por profissionais de saúde. A detecção precoce e o manejo adequado podem reduzir novos casos e minimizar complicações, considerando o aumento progressivo do número de diagnósticos.