Resumo:
Bebidas energéticas proporcionam vantagens tanto físicas quanto mentais e, por isso, vêm se tornando cada vez mais populares, principalmente entre crianças e adolescentes. Entretanto, nem sempre os consumidores estão cientes dos riscos que esse tipo de bebida pode causar à saúde. Diversos estudos vêm demonstrando a relação entre sua ingestão e alterações cardiovasculares, podendo ser atribuídas ao alto teor de cafeína, à interação pouco conhecida entre seus diversos componentes e aos possíveis efeitos adversos, ainda pouco explorados. O objetivo desta revisão integrativa foi analisar os efeitos adversos na saúde cardiovascular da população pediátrica após consumo agudo de energéticos. Para a realização deste estudo, foi feita uma busca nas bases de dados PubMed e Scopus com os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS/MeSH): (“Energy Drinks”) AND ("Cardiovascular Health" OR "Heart" OR "Cardiovascular System") AND (“Adolescence” OR “Teens” OR “Adolescents” OR “Teenagers” OR “Youths”), nos últimos 5 anos (2020-2024). No total, foram encontrados 54 artigos, após aplicação dos filtros e critérios de inclusão, 5 estudos foram selecionados para análise e construção do presente trabalho. A ingestão aguda de bebidas energéticas podem estar relacionadas a alterações cardiovasculares como a diminuição da eficiência do ventrículo esquerdo, aumento da pressão arterial, diminuição da frequência cardíaca e aumento da rigidez arterial em crianças e adolescentes saudáveis. As bebidas energéticas possuem componentes como taurina e cafeína, que atuam no sistema cardiovascular, causando variadas afecções. Desse modo, o consumo agudo de bebidas energizantes associa-se a diversos efeitos indesejados na saúde cardíaca e vascular, sendo indispensável pesquisas futuras para investigar os efeitos a longo prazo. Além da necessidade de conscientizar a população sobre os riscos do consumo dessas bebidas e incentivar discussões sobre sua regulamentação, especialmente quando se trata do público pediátrico.