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O impacto prognóstico da terapia com vasodilatação máxima na insuficiência cardíaca

LUCAS GUIMARÃES DA ROCHA, Luiz Flávio de Andrade Prado, Marco Paulo Cunha Campos, Eryca Vanessa Santos de Jesus, Roberto Cintra Azevedo Aragão, Carlos Aurélio Santos Aragão
Universidade Tiradentes - Aracaju - Sergipe - Brasil, Fundação Beneficente Hospital de Cirurgia - Aracaju - Sergipe - Brasil

Introdução:
A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica de natureza grave e progressiva, cujo manejo terapêutico baseia-se na otimização da terapia quádrupla. Entre os agentes vasodilatadores com impacto na redução da mortalidade, destacam-se os inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA), bloqueadores dos receptores de angiotensina II (BRA), a associação hidralazina + nitrato e a combinação sacubitril + valsartana. Embora a otimização da terapia vasodilatadora seja frequentemente considerada quando a dose máxima de um dos vasodilatadores é alcançada, há evidências sugerindo que a vasodilatação máxima guiada pela máxima dose que o paciente tolera, inclusive com a associação hidralazina + nitrato, pode conferir benefícios adicionais aos pacientes com IC.

Objetivo:
Avaliar os efeitos da vasodilatação máxima na terapia da Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Reduzida (ICFER) através da redução do risco de progressão para Worsening Heart Failure e melhora da Classe Funcional dos pacientes.

Método: 

Estudo prospectivo, observacional, randomizado, aberto, unicêntrico que incluiu 685 pacientes com ICFER, divididos em 2 grupos: Terapia da IC guiada por vasodilatação máxima versus Terapia da IC não guiada pela vasodilatação máxima, com um follow up de 2 anos. Foi considerada vasodilatação máxima a dose máxima tolerada dos vasodilatadores modificadores de vida na ICFER, como IECA/BRA, Sacubitril com Valsartana com a associação Hidralazina + Nitrato.

Resultados:

Dos 685 pacientes incluídos no estudo e randomizados, 192 (2,8%) receberam terapia para insuficiência cardíaca (IC) guiada por vasodilatação não máxima, enquanto 493 pacientes foram submetidos a terapia guiada por vasodilatação máxima. No grupo de vasodilatação não máxima, 25% dos pacientes apresentaram piora da insuficiência cardíaca (Worsening Heart Failure – WHF). No grupo submetido à vasodilatação máxima, 16 pacientes (3,2%) evoluíram com WHF, resultando em uma redução de 24% no risco de piora da IC com a estratégia de vasodilatação máxima (HR: 0,76; IC 95%: 0,40-0,82; p<0,0001).

No desfecho secundário, a estratégia de vasodilatação máxima resultou em uma redução de 15% no risco de piora da classe funcional da IC (HR: 0,85; IC 95%: 0,50-0,92; p<0,0001).

Conclusões:

A vasodilatação máxima na ICFER, reduziu o risco de WHF e piora da classe funcional com significância estatística. Este estudo é um piloto que demonstra a necessidade da vasodilatação máxima como alvo para melhora de desfechos prognósticos numa doença de alta morbimortalidade como a insuficiência cardíaca. 

 

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