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Características clínicas relacionadas à doença coronariana subclínica pela angiotomografia de coronárias em pacientes com teste ergométrico alterado

Giulio Checchinato Facchini, Júlia Valêncio Alves Leandro, Maria Beatriz Souto Figueiredo Silva, Samuel Casarin , Alcides Rocha de Figueredo Junior, Helder Jorge de Andrade Gomes
Faculdade de Medicina de Jundiaí - Jundiaí - São Paulo - Brasil, ICON Diagnósticos - Jundiaí - SP - Brasil

Introdução:

Estima-se uma prevalência de doença arterial coronariana (DAC) em até 40% dos adultos entre 50-64 anos sem história de cardiopatia, porém apenas <5% apresentam estenose importante. As evidências do benefício de abordagens mais agressivas, como terapia com estatinas naqueles com DAC subclínica, esbarram na não identificação desta população.

 

Objetivo: 

Conhecer a prevalência de DAC subclínica na população encaminhada para tomografia computadorizada (TC) de coronárias por alteração no teste ergométrico (TE) e identificar características da população com DAC subclínica naqueles com TE alterado sem DAC obstrutiva na TC de coronárias.

 

Métodos:

Estudo observacional com pacientes adultos encaminhados para realização de TC de coronárias por alteração no TE entre abril/2024 e agosto/2024. Foram excluídos pacientes com história prévia de infarto do miocárdio, stent ou revascularização cirúrgica.

 

Resultados:

Total de 96 indivíduos incluídos, média de idade 55,7±11,1 anos; 66% masculino; 80±16kg de peso; índice de massa corporal 26,7 [24,4-30] g/m2; 52% tinham hipertensão (HAS); 31% diabetes mellitus (DM); 61% dislipidemia; 19% tabagismo/ex-tabagismo; 52% histórico familiar DAC. O teste ergométrico teve uma duração de 6,3 [4,3-7,4] minutos, 11,8 [8,3-11,9] equivalentes metabólicos (METS) e 78% com alteração do segmento ST (infra >1,5 mm), 5,6% arritmias ventriculares e 9,8% distúrbio de condução (tabela). 

 

Um terço dos pacientes apresentavam DAC subclínica pela TC de coronárias (figura), apenas 19,8% apresentavam lesões obstrutivas (estenose >50%), e 46,9% não apresentavam DAC (escore de cálcio zero, sem placas não calcificadas). 

 

O grupo DAC significativa era mais velho (64,3±9,6 vs 55,7±11,1 anos, p<0,001), com maior prevalência de DM (63,2 vs 31,3, p<0,001) e alcançaram menos METS (9 [7,1 -9,9] vs 11,9 [8,3 -11,9], p=0,023). 

 

Entre os pacientes sem DAC significativa, o grupo DAC subclínica apresentava uma tendência a maior prevalência de HAS (62,5% vs 42,2%, p=0,081) e DM (34,4% vs 15,6%, p=0,056), além de idade mais avançada (58,6±9,4 vs 50±9,8, p<0,001), porém sem diferenças no TE (duração, infra máximo, METS ou duplo produto) quando comparados ao grupo sem DAC.

 

Conclusões:

A prevalência de DAC subclínica em pacientes encaminhados para TC de coronárias por TE alterado foi de 33% e apenas 20% apresentavam DAC obstrutiva. Não houve diferenças significativas além da idade, sejam demográficas ou do teste ergométrico, entre os grupos sem DAC e com DAC subclínica.

 

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