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Associação entre hiper-hidratação e escore de cálcio das artérias coronárias nos pacientes em diálise peritoneal

Victor Senise Nascimento, Igor Fachini Orive, Nayrana Soares do Carmo Reis, Fabiana Lourenço Costa, Andreíza Mara Gomes Lana, Pasqual Barretti, Rodrigo Bazan, Luis Cuadrado Martin, Fabrício Moreira Reis, Silméia Garcia Zanati Bazan
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - - SP - BRASIL

Introdução: A doença cardiovascular é a principal causa de óbito nos pacientes em diálise peritoneal (DP). A avaliação da calcificação coronariana pelo escore de cálcio das artérias coronárias (CAC) tem mostrado prever a incidência de infarto agudo do miocárdio e a morte por doença cardiovascular. A hiper-hidratação leva a hipertensão, hipertrofia ventricular esquerda e elevação dos níveis de peptídeos natriuréticos, que são marcadores de pior prognóstico cardiovascular. Em portadores de doença renal crônica (DRC) não dialítica em todos os estágios, a hiperhidratação esteve associada à calcificação coronariana.Hipótese: O excesso de líquido extracelular poderia ser um estratificador de risco para doença arterial coronariana nos pacientes em DP. Objetivo: Avaliar a associação entre a hiper-hidratação e o escore de CAC nos pacientes em DP. Métodos: Estudo transversal, prospectivo, unicêntrico, composto por pacientes adultos com DRC em DP na unidade de diálise de um hospital terciário. Foram realizados: coleta de dados demográficos, clínicos e laboratoriais; avaliação de hidratação por bioimpedância; escore CAC pela tomografia computadorizada cardiovascular; Doppler-ecocardiograma; ultrassonografia de artérias carótidas e velocidade de onda de pulso. Os pacientes foram divididos em dois grupos, de acordo com o resultado do índice de hiper-hidratação (OH). As comparações entre os grupos foram realizadas por meio do teste de Qui-quadrado, t Student ou Mann-Whitney e regressão logística uni e multivariada. O nível de significância adotado foi de p <0,05. Resultados: Foram avaliados 44 indivíduos em DP, com mediana de idade de 56 anos, predominando o sexo masculino (56,5%) e a cor branca (65,9%). Entre as comorbidades, 40,9% dos pacientes tinham diabetes mellitus, 81,8% eram hipertensos, e 72,7% apresentavam dislipidemia. A análise revelou que pacientes com sobrecarga volêmica apresentaram piores parâmetros de função diastólica, maior rigidez arterial, e maiores níveis de proteinúria em 24 horas. A regressão logística múltipla indicou que tanto o diabetes quanto a sobrecarga volêmica são preditores de calcificação coronariana embora o diabetes tenha mostrado maior importância quando analisados em conjunto. Conclusão: A sobrecarga de volume apesar de não ser variável de risco independente está diretamente associada ao aumento do escore de CAC nos pacientes em DP podendo aumentar as chances de CAC positivo em até 2,3 vezes em pacientes com diabetes. Apoio: CNPq: 311272/2022-3; FAPESP: 2024/00203-3.

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