Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) é definida como a incapacidade do coração de fornecer aos tecidos periféricos a quantidade necessária de sangue e oxigênio para atender às suas demandas metabólicas. A piora do quadro clínico da IC está associada a diversas condições, incluindo a alteração nos níveis de aminas biogênicas. As aminas biogênicas são moléculas essenciais para o crescimento e funções das células normais. No entanto, a literatura tem mostrado seu envolvimento em diferentes respostas celulares adversas: a histamina parece alterar a contratilidade cardíaca; a tiramina, modula a vasoconstrição periférica e o débito cardíaco; no entanto, seus efeitos não são totalmente conhecidos. Objetivo: Avaliar os níveis de aminas biogênicas em pacientes com diferentes graus de IC. Métodos: Estudo transversal realizado com pacientes portadores de IC. Foram incluídos pacientes de 18 a 75 anos, ambos os sexos, com IC de diferentes etiologias, classe funcional I e II, terapêutica farmacológica otimizada para IC. Foram excluídos os pacientes: fumantes, em uso de hormônios há pelo menos 3 meses, praticantes de exercício físico extenuante, com cardiomiopatia alcóolica, valvopatias, cardiopatias congênitas, com fibrilação atrial, diabéticos, nefropatas graves, câncer, IC por toxicidade, etilistas e usuários de drogas. Foram coletados dados clínicos dos pacientes. A fração de ejeção (FE) foi definida pela avaliação Doppler-ecocardiográfica (preservada- ICFEp; intermediária- ICFEi; reduzida- ICFEr). As aminas biogênicas foram avaliadas no soro, por meio de HPLC. A comparação de médias entre grupos das variáveis quantitativas foi feita utilizando ANOVA seguido do teste de comparação múltipla de Tukey para variáveis com distribuição simétrica. Caso assimétrica, as médias foram comparadas utilizando um ajuste em distribuição gama seguido teste de comparação múltipla de Wald. Foi fixado o nível de significância de 5%. Resultados: Foram avaliados 60 pacientes, sendo 17 do grupo ICFEp, 13 do grupo ICFEi, 15 do grupo ICFEr e 15 do grupo controle; sendo 56,6% do gênero masculino. Não houve diferença quanto à idade. Quanto às aminas, os resultados estão na tabela 1. Conclusão: Os níveis de aminas biogênicas variam de acordo com a FE, o que pode influenciar de maneira diferente o prognóstico da doença. Apoio:FAPESP:2023/08537-5; FAPESP:2024/15718-9.