Introdução: Sarcopenia e fragilidade física são muito prevalentes em idosos com doença cardiovasculares (DVC) e aumentam o risco de mortalidade. Entretanto, ainda nao está esclarecido se existe interação entre ela com relação a mortalidade ou se atuam de forma independente. Objetivo: Avaliar ovalor preditivo da sarcopenia e da fragilidade na mortalidade de idosos com doenças cardiovasculares.Métodos: Análise longitudinal do SARCOS, um estudo epidemiológico de 18 meses, sobre sarcopenia e osteoporose para mortalidade em idosos com doença cardiovascular. Plataforma Brasil - CAE:24412713.6.0000.5505. População: 496 iodos ambulatoriais com DCVs. Sarcopenia foi diagnosticada pela recomendação SDOC (fraqueza e lentidão de marcha) e fragilidade, pelo critério Hopkins (fraqueza, lentidão, exaustão, baixa energia e emagrecimento), no início do estudo, assim como características demográficas, DCVs, outras doenças crónicas, hábitos, quedas, hospitalizações e avaliação física. A mortalidade foi avaliada por chamada telefónica aos 6-12-18 meses após início do estudo. As análises de sobrevivência foram realizadas por regressão de Cox (p <0,08). Resultados: A média de idade da nossa população foi de 77,85 (±7,8) e 56,7% eram mulheres (p.ns). Fragilidade estava presente em 36,7% (n=182) e sarcopenia em 39,1% (n=194). A taxa de mortalidade foi de 8,1% (n=40), sendo que entre os que morreram, 67,5% (n=27) tinham fragilidade, 27,5% (n=11) pre fragilidade (p<0,001) e 65% (n=26) sarcopenia (p=0.001). Insuficiência cardíaca, fibrilação atrial, IRC, idade, AVE, número de hospitalização e de quedas previa, e etilismo tambem se associaram com mortalidade (p<0.05). A interação entre sarcopenia e fragilidade foi significativa, (p<0.001) sendo que 81% dos frágeis tinha sarcopenia e entre esses 76,6% eram frágeis. Na análise de COX multivariada ajustada para variáveis acima e pela interação entre sarcopenia e fragilidade, a fragilidade apresentou HR: 4,16 ( 1,12-15,42; p=0,033) e sarcopenia HR: 4,13 (0,95-17,95; p=0.058). No modelo de subtração das variáveis não significativas (Backward method) apenas fragilidade manteve-se significativa com HR 3.80 (1,11-13,01; p=0,033). Conclusões: Fragilidade e sarcopenia são preditoras de mortalidade em idosos com DCVs, independente da interação entre elas e de outros fatores. Em nossa população, a fragilidade mostrou maior sensibilidade e especificidade para mortalidade, comparada a sarcopenia.