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Balão Revestido com Paclitaxel versus Balão Não Revestido para Restenose Intra-Stent Coronariana: Uma Revisão Sistemática e Meta-Análise

Arthur Marot de Paiva, Vinicius Oliveira, Pedro Alencar, Izadora Oliveira, Ricardo Piai, Joao Alencar, Felipe Zalaf, Andre de Sousa, Pedro Barcelos, Humberto Moreira
Universidade Federal de Goiás - Goiânia - GO - BR, Unicamp - Campinas - SP - BR

Introdução: Os balões revestidos com fármacos representam uma abordagem terapêutica potencialmente vantajosa para o manejo da restenose intra-stent coronariana. No entanto, os benefícios comparativos dos balões revestidos com paclitaxel (BRPs) em relação aos balões não revestidos (BNRs) em intervenções coronarianas ainda não estão claros. Portanto, realizamos uma revisão sistemática e meta-análise com análise sequencial de ensaios para avaliar os desfechos clínicos de pacientes tratados com BRPs em comparação àqueles tratados com BNRs para restenose intra-stent coronariana.

Métodos: Realizamos buscas nas bases de dados PubMed, Embase e Cochrane por ensaios clínicos randomizados que compararam o uso de BRPs e BNRs no tratamento da restenose intra-stent coronariana. Um modelo de efeitos aleatórios foi utilizado para combinar os odds ratios (ORs) e seus intervalos de confiança de 95% (ICs 95%). As análises estatísticas foram realizadas utilizando o Review Manager versão 5.4.1 e o software de Análise Sequencial de Ensaios versão 0.9.5.10 beta.

Resultados: Incluímos 7 ensaios clínicos randomizados, totalizando 1.344 pacientes, dos quais 834 foram submetidos à intervenção coronária percutânea (ICP) com BRPs. Em nossa análise combinada, os pacientes tratados com BRPs apresentaram menores chances de revascularização da lesão-alvo (OR 0,21; IC 95% 0,11–0,40; P<0,01; Figura 1A), revascularização do vaso-alvo (OR 0,43; IC 95% 0,32–0,59; P<0,01), eventos cardiovasculares adversos maiores (OR 0,15; IC 95% 0,09–0,27; P<0,01; Figura 1B) e infarto do miocárdio (OR 0,56; IC 95% 0,33–0,94; P=0,03). No entanto, não houve diferenças significativas entre os grupos em relação às chances de mortalidade por todas as causas (OR 0,56; IC 95% 0,18–1,77; P=0,33), morte cardíaca (OR 0,81; IC 95% 0,12–5,27; P=0,82) e trombose de stent (OR 0,20; IC 95% 0,03–1,36; P=0,10). A análise sequencial de ensaios indica que o efeito observado no desfecho primário de revascularização da lesão-alvo pode ser considerado conclusivo, com baixo risco de erro tipo 1.

Conclusões: Esses achados sugerem que os BRPs são superiores aos BNRs em relação à ocorrência de revascularização da lesão-alvo, revascularização do vaso-alvo, eventos cardiovasculares adversos maiores e infarto do miocárdio. No entanto, não houve diferenças significativas nas chances de mortalidade por todas as causas, morte cardíaca e trombose de stent.

 

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