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Resultados Imediatos e Tardios da Oclusão do Apêndice Atrial Esquerdo em pacientes com Fibrilação Atrial Não Valvar com contraindicações para anticoagulação ou falha terapêutica.

Flávia R. Troiani, Muhieddine Chokr, Marden Andre Tebet
Hospital São Luiz Rede D'or Morumbi - São Paulo - SP - Brasil, Hospital Brasil - Rede D'or - São Paulo - SP - Brasil, Rede Dor Itaim - São Paulo - Sp - Brasil

 

Resumo A fibrilação atrial (FA) é o principal fator de risco para acidente vascular encefálico (AVE) cardioembólico. Uma parcela significativa de pacientes em profilaxia com anticoagulantes orais ainda evolui com AVE, e há casos em que seu uso é contraindicado. O fechamento do apêndice atrial esquerdo (AAE) é uma alternativa eficaz nesses cenários.

Introdução A fibrilação atrial (FA) é a arritmia mais prevalente no mundo, aumentando em 4 a 5 vezes o risco de AVE. Associada a maior mortalidade, sua incidência cresce devido ao envelhecimento populacional e fatores como hipertensão e diabetes, tornando-se um problema de saúde pública, especialmente em países em desenvolvimento. Cerca de 90% dos trombos relacionados à FA se formam no apêndice atrial esquerdo (AAE). Embora os anticoagulantes orais diretos (DOACs) sejam eficazes e seguros em relação aos antagonistas da vitamina K, pacientes com contraindicações podem se beneficiar da oclusão do AAE, alternativa eficaz para prevenir embolias quando o tratamento farmacológico falha ou é inviável.

Métodos e Análise Estatística Estudo retrospectivo avaliou desfechos clínicos e ecocardiográficos de pacientes com FA não valvar, alto risco de AVE e sangramento, submetidos à oclusão do AAE com dispositivos Watchman® e Amulet® (2018-2024). Foram analisados segurança, eficácia, complicações e posicionamento do dispositivo.

Resultados Incluíram-se 37 pacientes com FA não valvar, idade média de 75,3 anos, 59,5% homens. Entre eles, 83,8% tinham hipertensão e 44,4% sobrepeso. As principais indicações foram eventos hemorrágicos prévios e alto risco de AVE, com risco de sangramento avaliado como alto ou moderado. Complicações foram raras, com destaque para um caso de insuficiência respiratória controlada. No período pós-procedimento, 68,6% dos pacientes receberam terapia com dupla antiagregação plaquetária. Durante o seguimento tardio, dois pacientes apresentaram leaks peri-dispositivo. Não houve trombos, shunts ou óbitos relacionados ao procedimento. O estudo demonstrou segurança e eficácia moderadas, limitadas pelo tamanho amostral e variabilidade nos cuidados.

Conclusões A oclusão do apêndice atrial esquerdo mostrou-se uma alternativa segura e eficaz na prevenção de AVE em pacientes de alto risco, especialmente naqueles com contraindicação ao uso de anticoagulantes. Estudos com maior amostragem são necessários para validar esses achados e aprimorar as práticas clínicas. 

 

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