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Ultrassonografia a beira-leito de tórax e de veia cava inferior, NT-pro-BNP e peso da alta como preditores de reospitalização em insuficiência cardíaca aguda

Danilo Martins, Edson Fávero Jr., Thiago Baumgratz, Cintia Suzuki, Sean Lanças, Tiago Moreira, Paula Azevedo, Sergio Paiva, Marcos Minicucci, Leonardo Zornoff
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - - SP - BRASIL

Introdução: Pacientes hospitalizados com insuficiência cardíaca aguda apresentam altas taxas de reospitalização associadas a alta mortalidade. Deste modo, identificar pacientes de alto risco para descompensação permitiria intervenções precoces para o melhor manejo da doença. Objetivos: Avaliar achados de ultrassonografia de tórax e de veia cava inferior, NT-pro-BNP e peso da alta entre grupos reospitalizados e não-reospitalizados em 30 dias após internação por insuficiência cardíaca aguda. Métodos: Realizado estudo unicêntrico, observacional, prospectivo, conduzido em um hospital brasileiro. O estudo incluiu pacientes adultos hospitalizados por insuficiência cardíaca aguda. No dia da alta, foi coletado NT-pro-BNP, aferido peso corporal e realizado ultrassonografia pulmonar e de veia cava inferior. Pacientes foram acompanhados por até 30 dias após a alta hospitalar. O desfecho primário foi reospitalização em 30 dias por insuficiência cardíaca aguda. Resultados: 100 pacientes foram incluídos para análise. 10 pacientes (10%) foram readmitidos em 30 dias por insuficiência cardíaca aguda. O número de pacientes com escore de linhas B total maior que três entre o grupo de reospitalizados e não reospitalizados foi de 6 e 19, respectivamente (60% e 21%, respectivamente, diferença absoluta de risco: 39%; p-valor: 0,014). A média do índice de colapsabilidade da veia cava inferior entre os readmitidos e não readmitidos foi de 25,5% e 39,8%, respectivamente (desvio-padrão: 15,4% e 18,4%, respectivamente; p-valor: 0,020). A média do peso e a média do NT-pro-BNP na alta não apresentaram diferença estatisticamente significante entre os grupos (71,4 kg vs. 74,0 kg, p-valor: 0,850; 2.550 pg/ml vs. 5.515 pg/ml, p-valor: 0,079). Em um modelo de regressão logística multivariada ajustada para sexo, idade, peso da alta e fração de ejeção de ventrículo esquerdo, o escore de linhas B total maior que três apresentou odds ratio de 4.72 (IC95%: 1,01 – 22,13; p-valor: 0,049), enquanto o índice de colapsabilidade de veia cava inferior apresentou odds ratio de 0,96 (IC95%: 0,91 – 1,01; p-valor: 0,091). Conclusão: A ultrassonografia pulmonar, por meio do escore de linhas B total, apresentou associação com reospitalização em 30 dias em pacientes com insuficiência cardíaca aguda, ao contrário da ultrassonografia de veia cava inferior, peso da alta e NT-pro-BNP.

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