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USO DE CARBOXIMETILCELULOSE E POLISSACARÍDEO VEGETAL PARA A PREVENÇÃO DA FORMAÇÃO DE ADERÊNCIAS EM MEDIASTINO APÓS TORACOTOMIA: ESTUDO EXPERIMENTAL EM RATOS

Brenda Lee, Nicole Consentino de Lima, Pedro Paulo M Oliveira, Orlando Petrucci, Lindemberg M Silveira Filho
FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - - SP - BRASIL

FUNDAMENTO:

Este estudo visa analisar a eficiência do composto de  carboximetilcelulose e polissacarídeo vegetal (Adhesion®, DMC, São Carlos, Brasil) na prevenção de aderências retroesternais e intrapericárdicas.

 

OBJETIVOS:

Avaliar a eficácia do Adhesion® na redução de aderências pós-toracotomia; Comparar as apresentações em pó e gel.

 

MÉTODOS:

O estudo ocorreu no NMCE-FCM/UNICAMP, com ratos Wistar aleatorizados em grupos: 1: Controle;  2: Adhesion® em pó (1 g/80 cm²); 3: Adhesion® em gel (1 g/80 cm²). 

Os animais foram anestesiados e submetidos à toracotomia esquerda e secção de pericárdio. Realizou-se escarificações no coração para induzir aderências. Depois, foram tratados conforme os grupos. Foram reabordados após 8 semanas e submetidos a eutanásia. 

Foram submetidos à mensuração de aderências pelo método de pontuação de aderências (de 0 a 4) segundo Fujita et al por fotos. Foram realizadas lâminas em Tricrômico de Masson para análise histológica, com os seguintes critérios: 

Reação inflamatória/lesão epicárdica, caracterizada de 0-3: 0: Sem alterações significativas; 1: Espessamento epicárdico; 2: Lesão com deslocamento ou desmembramento parcial do epicárdio; 3: Elevada alteração de epicárdio, com grande esgarçamento do seu tecido.

Critério de infiltração inflamatória no miocário subjacente, caracterizada de 0-3: 0: Sem alterações de normalidade perceptíveis; 1: Aumento de infiltração celular; 2: Aumento de vascularização; 3: Grande aumento de vascularização em toda a superfície subjacente.

Combinando-se as duas escalas, os grupos foram estudados conforme a análise microscópica em escala de 0-6.

 

RESULTADOS: Foram operados 8 ratos no grupo 1, 8 no 2 e 7 no 3. O avaliador “cego” pontuou as imagens e analisou as lâminas, os resultados  foram expressos em média ± desvio padrão, foram analisados por análise de variância (ANOVA) e as diferenças foram confirmadas por teste de Tukey:

Imagens de 0 a 4: 0: sem alterações; 1: aderências frouxas; 2: aderências moderadas, opacas e mais espessas; 3: aderências claramente espessas, sem evidente aumento de vascularização; 4: grande aderência e com evidente neovascularização. Resultados: Controle 2,25 ± 0,88; pó 1,5 ± 0,53; gel 1±1. O grupo controle apresentou maior escore de aderência em relação ao grupo gel (p=0,021).

Lâminas: Controle 3,12±1,35; pó 1,5±0,53; gel 0,71±0,48.

 

 

CONCLUSÃO: O Adhesion® reduziu a formação de aderências e a reação inflamatória no miocárdio em um modelo experimental. A formulação em gel apresentou melhores resultados.

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