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Fatores de Risco para Doença Coronariana em Estudantes de Medicina

Mauricio da Silva Rocha, Beatriz Otoboni Redis, Rafael Freire da Silva, Laura Maria Dalcin Dal Forno, Mariana Fernanda Totô, Caio Henrique Del Bianco Villari, Maria Eduarda Garcia Viana Paiva, Nathalia Costa Mazucato Granjeiro, Cynthia A. S. Rocha, Elaine Maria Frade Costa
Universidade Nove de Julho - Mauá - São Paulo - Brasil

Introdução:O século XX evidenciou mudanças nas causas de mortalidade. Nessa transição, doenças cardiovasculares, sobretudo doença arterial coronariana (DAC), tornaram-se as causas mais comuns de morte. A Organização Mundial da Saúde estimou os óbitos mundiais por DAC em 2020 em 11 milhões. No Brasil a prevalência da DAC na população é de 5% a 8%. Dados de 2010 evidenciaram 210046 internações por doenças isquêmicas do coração e 99408 óbitos. O estudo de Framingham demonstrou que o risco de DAC após os 40 anos é 49% em homens e 32% em mulheres. O advento desta patologia em indivíduos jovens tem progredido nos últimos anos. Pensando nisso, esse estudo foi desenvolvido a fim de observar e quantificar o risco dos estudantes de medicina apresentarem eventos associados à DAC.

Objetivo:Determinar a incidência de fatores de riscos para DAC, em acadêmicos de medicina; analisando comparativamente os dados encontrados em estudos da população brasileira geral e de mesma faixa etária.

Métodos:Estudo prospectivo, unicêntrico, observacional, baseado em registro, que incluiu alunos de medicina. Coleta de dados pelo Google Forms, com função de feedback de pesquisa.Abordando fatores de riscos para DAC: HAS, diabetes mellitus, colesterol, tabagismo, obesidade e histórico familiar. E fatores protetores como atividade física regular. Dados dos alunos foram protegidos pela lei geral de proteção de dados. Estatísticas descritivas expressas como médias e desvios-padrão, variáveis categóricas expressas como frequências absolutas e relativas. Intervalos de confiança de 95% foram relatados. P<0,05 foi considerado significativo.

Resultados:Dentre os 560 acadêmicos matriculados, entre junho de 23 e maio de 24, foram incluídos 145, que aceitaram participar da pesquisa, sendo 112 (77,2%) mulheres, idade média 23,83±4,24 anos. Destacam-se: tabagismo 22,8%; sobrepeso 27,6%; obesidade 16,6% e atividade física 31,7%. Comparativamente, dados da agência Brasil de 2023 evidenciaram excesso de peso na população geral de 55,4% e prevalência de obesidade na faixa etária de 18 a 24 anos de 17,1%. Da mesma forma, a taxa de tabagismo na população geral é de 12,6%; enquanto a taxa de exercícios físicos é de 36,9%.

Conclusão:O presente estudo envolvendo acadêmicos de medicina reforça os altos índices de excesso de peso na população brasileira, sendo consoante com os dados de obesidade na faixa etária de 18 a 24 anos. Evidencia também uma preocupação com a alta carga tabágica, comparada com a população geral. E destaca o fator protetor do exercício físico, consistente com dados de mesma faixa etária.

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