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ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS INTERNAÇÕES POR DOENÇA CARDÍACA REUMÁTICA CRÔNICA NO ESTADO DE SÃO PAULO

Lavínia Pessoa de Melo Albuquerque Cavalcanti, Luana Teixeira Ometto, Lorena Pedro de Oliveira, Emanuela Lira Milhomem
Universidade Católica de Pernambuco - Recife - PE - Brasil, Faculdade Santa Marcelina - Itaquera - SP - Brasil, Centro Universitário Metropolitano da Amazônia - Belém - PA - Brasil

Introdução: A cardiopatia reumática é responsável, anualmente, por mais de 300 mil mortes no mundo, particularmente em países de baixa e média renda, contudo é uma causa prevenível de morte e de incapacidades no sistema cardiovascular. Comumente, o acometimento cardíaco envolve lesões valvulares. A Organização Mundial de Saúde e a Federação Mundial do Coração estimam uma redução de 25% na mortalidade por aspectos cardiovasculares, abrangendo a doença reumática cardíaca até 2025. No Brasil, tal patologia gera demasiados gastos com as internações e assistência necessária, principalmente na região Sudeste e, apesar das iniciativas regionais que visam a prevenção, a incidência dessa enfermidade permanece elevada. 

Métodos: Estudo transversal, descritivo de abordagem quantitativa, com dados epidemiológicos obtidos através do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), por meio da plataforma do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), referentes ao período de 2020 a 2024. Os participantes foram indivíduos brasileiros residentes do estado de São Paulo. As variáveis utilizadas foram o sexo, a raça/cor e a faixa etária.

Resultados: Ao todo foram constatadas 5.832 internações por doença cardíaca reumática crônica. Destas, 820 ocorreram em 2020, 905 em 2021, 1.223 em 2022, 1.481 em 2023 e 1.403 em 2024. Majoritariamente, houve um aumento no número de casos de, aproximadamente, 10%. Em relação ao sexo, as mulheres corresponderam a 63,4% dos casos. A distribuição por raça/cor  demonstrou maior incidência entre brancos (72,3%), seguido de pardos (18,3%), pretos (7,6%), amarelos (0,4%) e indígenas (0,03%). Outrossim, a faixa etária mais acometida foi entre os 60 aos 69 anos, com um total de 1.550 casos. Houve uma crescente nas internações a partir dos 5 anos de idade até os 69 anos, depois desse período observa-se uma decrescente no número de casos. 

Conclusões: O estudo demonstrou que, no período analisado, houve uma crescente no número de internações por doença cardíaca reumática crônica no estado de São Paulo. Ademais, nota-se que essa cardiopatia detém de uma maior prevalência na população correspondente a faixa etária dos 60 a 69 anos, do sexo feminino e de cor/raça branca. Além disso, é relevante destacar que essa pesquisa apresenta limitações, como a subnotificação das internações e a incapacidade da determinação concreta de causas e respectivas consequências. Dessa maneira, torna-se essencial haver a realização de novos estudos com intuito de esclarecer esses acontecimentos e seus diversos efeitos na população brasileira. 

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