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Tratamento percutâneo de regurgitação tricúspide importante com prótese bicaval utilizando técnica minimalista em hospital universitário

Paula Santiago Teixeira, Fernando Tavares , Maria Eduarda S. Menezes , Claudio H. Fischer, Dirceu Almeida, Leonardo Guimarães , Adriano Caixeta
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL

Introdução: a regurgitação tricúspide (RT) grave é frequentemente associada a morbidade e mortalidade significativas.  Esses pacientes costumam ser considerados de alto risco cirúrgico. O implante de prótese heterotópico bicaval é uma solução transcateter  emergente e atraente para esses pacientes. Relato de caso: paciente sexo masculino e 50 anos. Como comorbidades apresentava pré-diabetes, disfunção renal crônica( DRC) estágio IV em tratamento conservador, transplante cardíaco há 14 anos por miocardiopatia chagásica. Nos últimos 3 anos apresentando dispneia progressiva aos esforços associada a dispneia paroxística noturna, ortopneia, aumento de volume abdominal e edema de membros inferiores. Durante o último ano houve piora da classe funcional para classe III NYHA. Ecocardiograma (ECOTT) com átrio direito em aumentado significativamente, ventrículo direito moderadamente aumentado, átrio esquerdo com volume indexado de  53 ml/m², átrio direito com volume indexado de 70 ml/m², TAPSE 18, PSAP 24 mmHg, fração de ejeção de 76, DDVE 49 mm e regurgitação tricúspide (RT) importante. Tendo em vista que o paciente apresenta insuficiência cardíaca descompensada com predomínio de sintomas sistêmicos e de insuficiência ventricular direita, insuficiência tricúspide importante, em paciente com DRC estágio IV e cirúrgia de transplante cardíaco prévio o Heart Team optou por implante de bioprótese bicaval utilizando o Sistema TricValve. O paciente foi submetido a implante de bioprótese bicaval, sob sedoanalgesia, guiado por angiografia e ECOTT, utilizando técnica minimalista. Procedimento sem intercorrências e com dose baixa de contraste (10 ml).  Implantada próteses número 25 na veia cava superior e 31 na veia cava inferior com sucesso, ECOTT com evidência de próteses com boa mobilidade de folhetos e sem obstrução ao fluxo da veia hepática. Paciente recebeu alta hospitalar assintomático. Em acompanhamento ambulatorial de 4 meses encontra-se assintomático, com melhora da qualidade de vida e melhora da classe functional. Houve diminuição da dose de diureticoterapia. Mantendo-se em tratamento conservador da DRC. ECOTT de controle de 4 meses com evidencia de próteses normofuncionantes e sem obstrução ao fluxo da veia hepática. Conclusão:  esse caso mostra o tratamento de TR grave no primeiro paciente pós-transplante cardíaco. É possível realizar o procedimento em um paciente com DRC em estágios avançados sem necessariamente progredir para a terapia de substituição renal. É seguro implantar o sistema Tricvalve® usando uma técnica minimalista.

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