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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Perspectiva clínica, de história tabágica e capacidade funcional entre fumantes com multimorbidades

Lucas Carvalho Layber, Luisa Palma Schiavon, ⁠Isabelle Lutterbach Erthal, Vitor Hugo Euzebio de Mello, Hugo Wendling de Alcantara Leister, Larissa dos Santos Jarbas, Eliane Ferreira Carvalho Banhato, Arise Garcia de Siqueira Galil, Diane Michela Nery Henrique
UFJF - Juiz de Fora - MG - Brasil

Introdução: O tabagismo é um fator de risco modificável para o desenvolvimento de doenças crônicas, sendo responsável pela alta morbimortalidade. Essa relação tem sido muito estudada, porém a influência da quantidade de cigarros em múltiplas doenças e no desempenho funcional necessita de maior esclarecimento. Fumantes pesados (FP), aqueles que fumavam 20 ou mais cigarros diários, podem apresentar perfis de saúde distintos, incluindo maior risco de complicações metabólicas e cardiorrespiratórias. Objetivo: Comparar o perfil de FP, sob a perspectiva clínica, de história tabágica e de capacidade funcional. Metodologia: Estudo de coorte transversal, avaliando fumantes com multimorbidades em processo de cessação tabágica, entre agosto/2021 a fevereiro/2025. Considerou-se alta dependência nicotinica (Teste de Fargestrom), valores ≥5 pontos; fumante sarcopênico (teste Sarc-F ≥4 pontos); capacidade funcional: avaliada pelo IPAQ-curto, Teste de sentar e levantar e Teste de caminhada de 6 minutos (TC6min). Resultados: Avaliados 220 tabagistas (31 grupos de tratamento consecutivos), com idade de 57,90±10,04 anos, 80,4%, mulheres. Ao se comparar FP (65,9%) com aqueles com menor quantidade diária de cigarros, observou-se que os FP apresentavam maior prevalência de doença renal crônica (p<0,031), infarto agudo do miocárdio (p<0,007), doença pulmonar obstrutiva crônica (p<0,059) e eram mais frágeis (p<0,026). Aliado, menor índice de massa corporal (p<0,018), menor circunferência de panturrilha esquerda (p<0,006) e maior relação anos-maço (p<0,001). Ainda, maior dependência nicotínica (p<0,001) e uma tendência de menor motivação para a cessação tabágica (p<0,086). No TC6M, apresentaram maior pressão arterial sistólica de início (p<0,082) e diastólica de pico (p<0,093); maior frequência de atividade moderada (p<0,022) e maior pontuação na escala de Borg de membros inferiores no pico (p<0,052) e no final (p<0,074). Conclusão: Os resultados apontaram que a influência da severidade do tabagismo pode impactar desfavoravelmente nas multimorbidades associadas, no perfil clínico e no desempenho funcional. Isso destaca a importância de estratégias personalizadas na cessação tabágica, dada a complexidade das condições clínicas desses indivíduos.

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19, 20 e 21 de Junho de 2025