INTRODUÇÃO: A capacitação prática no manejo da dor torácica é fundamental na formação médica, especialmente diante do infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST), patologia de alta incidência e líder em causa de mortes no Brasil e no mundo. Assim, o relato apresenta a experiência de estudantes de medicina em aula de simulação relística baseada em diretrizes para o manejo de IAMCSST, a fim de consolidar os conhecimentos teóricos e alinhá-los à prática, estimulando a tomada de decisão rápida e o aprimoramento das habilidades técnicas em um cenário de emergência.
METODOLOGIA: A priori, os estudantes acessaram o material dispolinilizado, que incluia documentos do Ministério da Saúde para o manejo de IAMCSST em locais com disponibilidade de intervenção coronariana percutânea, além da V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Ademais, foi proposta uma atividade assíncrona acerca da farmacologia das medicações utilizadas. A simulação ocorreu no laboratório de habilidades clínicas sendo dividio grupos de 5 estudantes que assumiram funções específicas: triagem, sala de emergência e paciente. Na triagem foi realizada anamnese focada na caracterização da dor torácica, exame físico e execução do eletrocardiograma em 10 minutos. O laudo indicou IAMCSST, levando ao encaminhamento do paciente para a sala de emergência, solicitação do cardiologista intervencionista, enzimas cardíacas e administração de medidas terapêuticas como monitorização, oxigenoterapia e administração de fármacos com suas respectivas posologias, diluições e manipulação na bomba de infusão.
RESULTADOS: A simulação evidenciou desafios práticos importantes, como a familiarização com a sala de emergência, manipulação de dispositivos ventilatórios, cálculo de diluição e infusão de medicações. Embora tivéssemos o conhecimento teórico, a necessidade de aplicação rápida e precisa deste em um cenário simulado ressaltou a importância do treinamento contínuo para execução coordenada do manejo.
CONCLUSÃO: A experiência proporcionou um aprendizado valioso, reforçando a integração teórico-prática no manejo de emergências cardiológicas. O feedback dos docentes é fundamental, pois evidencia de forma personalizada os pontos a serem melhorados e quais já foram garantidos pelo estudante, como a administração de medicações e o domínio da sala de emergência. As simulações realísticas mostram-se essenciais no desenvolvimento de habilidades na formação médica, preparando os estudantes para uma atuação mais segura e eficiente na prática clínica.
