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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

GRUPOS MAJORITÁRIOS E RELEVÂNCIA PARA PREVENÇÃO CARDIO-ONCOLÓGICA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Pedro A. B. Palhas, Giovanna G. dos Santos, Giovanna P. Lopes, Isabella C. Rosetto, Lucca C. Caracio, Matheus V. S. de Sales, Natan Rigato, Ricardo J. Tofano, Sofia V. Teruel
Universidade de Marília - UNIMAR - Marília - SP - Brasil

INTRODUÇÃO

A cardio-oncologia, área médica em expansão, com apenas 11% dos programas de cardiologia dos EUA oferecendo treinamento formal a respeito, objetiva prevenir e tratar doenças cardiovasculares (DCV) em pacientes oncológicos, que são mais propícios às referidas patologias. Identificar desafios, reduzir riscos e melhorar a qualidade de vida estão no escopo final. A categoria, embora emergente, enfrenta obstáculos que requerem uma avaliação mais aprofundada para serem mitigados.

MÉTODOS

 Trata-se de uma revisão sistemática de literatura que abrange artigos de 2019 a 2025 da base de dados PubMed (MEDLINE). Ao todo foram selecionados, dentre os 25 artigos previamente eleitos, 12 artigos com os descritores “Cardio-Oncology”, “Cardiotoxicity” e “Rehabilitation”, e incluíram-se meta-análises, ensaios clínicos randomizados e estudos observacionais em inglês, abordando pacientes que fizeram tratamentos oncológicos e desenvolveram doenças cardíacas. Foram excluídos artigos sem conteúdos relevantes para essa revisão.

RESULTADOS

A análise dos estudos apontou que as classes de terapias utilizadas, o estágio do câncer e variáveis associadas (como sexo, idade e tempo de diagnóstico), além dos fatores de risco cardiovasculares clássicos (diabetes, hipertensão, dislipidemia e tabagismo), atuam como componentes que, combinados, aumentam o risco de eventos cardíacos. Um estudo que analisou 7,5 milhões de pacientes com câncer de 1973 a 2015 revelou que homens, afrodescendentes, solteiros, com câncer restrito e diagnosticados há mais tempo apresentaram maior taxa de óbito por DCV entre os casos analisados. Também foi demonstrado que determinantes sociais de saúde, como fatores econômicos, culturais, acessibilidade ao tratamento e efeitos do racismo estrutural, têm uma forte influência em vários aspectos da cardio-oncologia. Mulheres negras com câncer de mama tiveram maior risco de cardiotoxicidade por quimioterapia, com queda significativa na fração de ejeção ventricular esquerda (24% vs. 7% em brancas, P < 0,01). Nesse grupo, a mortalidade cardiovascular foi até 1,73 vezes maior, e a interrupção do tratamento por efeitos cardíacos, 4,6 vezes mais frequente. (OR =4,6; IC 95%:1,70–13,07; P=0,002).

CONCLUSÃO

Desse modo, pode-se concluir que existem diversos fatores que aumentam o risco de eventos cardíacos após o câncer, como idade, sexo, tabagismo e doenças cardiovasculares prévias. Devido a isso, faz-se necessária a adoção de medidas preventivas para reduzir tais complicações, destacando-se o monitoramento precoce, mudança de estilo de vida e tecnologias avançadas.

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19, 20 e 21 de Junho de 2025