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Capacitar para Sobreviver: Um Projeto Inovador Contra a Morte Súbita

PEDRO HENRIQUE DUCCINI MENDES TRINDADE, Luiz Fernando Fagundes Filho, Vanessa Fernandes Duccini Trindade, Pablo Ferreira Martins, Rodrigo Faria da Silva
ONG Associação Salva Coração - Sao Jose dos Campos - Sao Paulo - Brasil

 

INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares (DCV) são responsáveis por cerca de um terço de todas as mortes globais, com mais de 20,5 milhões de óbitos anuais.1 No Brasil, estima-se entre 250 mil e 350 mil mortes súbitas ao ano.2 Intervenções imediatas, como a reanimação cardiopulmonar (RCP) e o uso precoce do desfibrilador externo automático (DEA), podem elevar a taxa de sobrevivência a até 70%.3 Entretanto, a maioria da população brasileira ainda não está familiarizada com essas técnicas, seja pela falta de treinamento ou de recursos de ensino.

 

MÉTODOS: Frente a essa demanda, foi implantado o Projeto Cor+Ação, um projeto multidisciplinar de capacitação e conscientização sobre parada cardiorrespiratória (PCR), visando preparar profissionais e cidadãos para atuarem em emergências. As estratégias se basearam em três pilares/cores: (1 - verde) campanhas de conscientização em diversas mídias e eventos públicos, (2 - amarelo) treinamento de instrutores e servidores municipais, seguido pela comunidade em geral — priorizando grupos de maior risco e profissionais em contato próximo com o público — e (3 - vermelho) implementação de um sistema de comunicação entre a população, voluntários do projeto e o SAMU para reduzir o intervalo entre a detecção de PCR e a chegada de ajuda com o DEA.

 

RESULTADOS: Desde o início do projeto há 3 anos, foram treinadas cerca de 10.600 pessoas, incluindo todo o efetivo da Guarda Municipal e da Mobilidade Urbana, fazendo da cidade a primeira no mundo a equipar todas as suas viaturas com DEA (foto 1). Dezenas de motoristas de aplicativo também receberam o treinamento. Além disso, mais de 2.000 professores da rede municipal foram capacitados. A iniciativa culminou na inclusão de Primeiros Socorros na grade curricular de todas escolas municipais (foto 2). 

 

 

A partir de todas estas medidas, a taxa de sobrevivência de PCR extrahospitalar, antes estimada em 8% na nossa região, aumentou para 28% no ultimo ano, superando indices de 22% relativos à sobrevivência relatada  em países como Estados Unidos e também Europa (22%).4

 

CONCLUSÕES: A combinação de conscientização, capacitação e disponibilidade de equipamentos demonstrou impacto positivo na sobrevida de pacientes com PCR extrahospitalar. Projetos integrados e sustentáveis podem servir de modelo para ampliar o atendimento de emergências cardiovasculares em diferentes regiões.

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