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Estratégia ultra-low contrast para cineangiocoronariografias e intervenções coronarianas percutâneas via acesso transradial distal: experiência de “mundo real” com pacientes consecutivos do registro DISTRACTION.

Marcos Danillo Peixoto Oliveira, Fabio Santos Silveira, Eric Siqueira, Pedro Henrique Almeida, Adriano Caixeta
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL

Racional: a associação entre volume de contraste e risco de lesão renal aguda parece ter levado a uma mudança, na prática intervencionista diária, com vistas ao uso de menores volumes de contraste para todos os pacientes. O acesso transradial distal (do inglês distal transradial access, dTRA) apresenta, em comparação ao seu equivalente convencional/proximal, vantagens em termos de hemostasia mais rápida e menores taxas de oclusão da artéria radial proximal. Objetiva-se descrever a experiência oriunda da combinação entre a estratégia ultra-low contrast (ULC) e o dTRA para procedimentos coronarianos rotineiros numa população ampla e do “mundo real”.

Métodos: de fevereiro de 2019 a julho de 2024, dos 6.852 pacientes consecutivamente incluídos no registro DISTRACTION (DIStal TRAnsradial access as default for Coronary angiography and intervenTIONs), em 4.328 (63,2%) pacientes lograram-se procedimentos coronarianos (CINE e/ou ICP) bem-sucedidos com a estratégia ULC via dTRA, cujos dados relacionados foram avaliados retrospectivamente.

Resultados: a média de idade dos pacientes foi de 63,6±15 anos, a maioria do sexo masculino, com síndromes coronarianas agudas. Houve apenas 3% de conversão da via de acesso. O dTRA direito foi a via primária mais frequente, essencialmente utilizando-se sheaths 6Fr. A estratégia ULC foi viável em todos os cenários, com volume total de contraste ≤40mL em 96,4% dos pacientes, independentemente da presença de enxertos cirúrgicos de revascularização miocárdica, ICP imediatamente após a CINE (ad hoc), complexidade anatômica ou clínica, ou indisponibilidade de orientação por ultrassom intracoronariano. Não se registraram complicações maiores nem eventos adversos cerebrovasculares e cardíacos diretamente relacionados ao dTRA. As taxas de lesão renal aguda relacionada ao contraste foram muito baixas (1,1%).

Conclusões: a combinação minimalista da estratégia ULC ao dTRA para procedimentos coronarianos rotineiros, independentemente das cifras basais de depuração da creatinina, realizada por operadores experientes, parece ser segura e viável.

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