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Avaliação retrospectiva de ambulatório conjunto de cardio-obstetrícia em hospital terciário de referência.

Mariana Furtado Silva, André Schmidt.
FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - Ribeirão Preto - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO: Em que pese o avanço da tecnologia aplicada à saúde em anos recentes, a doença cardiovascular (DCV) permanece como a principal causa de mortalidade materna não obstétrica durante o período gestacional. Em nosso meio são escassos os estudos recentes no tópico. A doença reumática foi descrita com a principal causa de complicações. A cardio-obstetrícia tem se tornado cada vez mais reconhecida como um campo multidisciplinar vital que necessita de uma abordagem colaborativa para o gerenciamento de condições cardiovasculares durante a gravidez. OBJETIVOS: Caracterizar demográfica e clinicamente as gestantes atendidas em ambulatório conjunto de cárdio-obstetrícia.  MÉTODOS: Avaliação retrospectiva do ambulatório conjunto de Cardiopatia e gravidez em hospital terciário de referência durante o período de seis anos. RESULTADOS: Foram acompanhadas 272 gestações. Dezesseis pacientes tiveram mais que uma gestação no período, sendo que duas pacientes apresentaram 3 gestações. A idade média foi de 30 ± 7 anos, variando entre 13 e 45 anos. Quanto à raça, a maioria era branca (69%) e solteira (56,6%) e primípara (27,3). Sobrepeso/obesidade acometeu 40,4% das gestantes, seguido por Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) com 27,6%. Na amostra estudada, 152 (55,8%) apresentavam DCV conhecida. A principal etiologia foi a congênita (17,6%), seguida por arritmia (16,5%). Doença valvar ocorria em 11%. Dentre as 120 (44,2%) gestantes sem cardiopatia evidente seguidas e/ou avaliadas, em sua maioria eram pacientes encaminhadas por sintomas sugestivos de cardiopatia, como dispneia, palpitações, pré-sincope ou síncope, ou por serem portadoras de HAS. Hipertensão Arterial Sistêmica. Das gestações acompanhadas, trinta e uma (11,4%) gestantes não concluíram a gestação em nosso serviço. Em 25 casos houve perda de seguimento e 5 abortos e 1 óbito fetal. As 241 (88,6%) gestações restantes foram resolvidas foram resolvidas no serviço, com 52,7% por meio de cesareana. Houve 4 gestantes que evoluíram a óbito no primeiro ano pós-parto, sendo a primeira descrita no tópico de hipertensão pulmonar. A segunda, com 27 anos em seguimento no CAOB por prótese valvar mitral biológica, faleceu 4 meses após o parto por complicações não cardiológicas devido a leucemia aguda.  CONCLUSÕES: Ambulatórios dedicados de cárdio-obstetrícia em nosso meio apresentam excelente resultado na condução de gestantes cardiopatas ou com suspeita de cardiopatia, com baixa taxa de complicações.

 

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