INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial pediátrica é um problema global influenciado por fatores genéticos, ambientais e pelo estilo de vida (Carrijo, 2022). O diagnóstico enfrenta desafios devido à "síndrome do jaleco branco", que eleva momentaneamente a pressão arterial por ansiedade (Jesus et al., 2019), e à necessidade de aferições frequentes (Falkner, 2023). Entre os fatores de risco, destacam-se histórico familiar, consumo de ultraprocessados, obesidade e sedentarismo (Marques, 2021), além da escolaridade materna e ausência paterna, que impactam nos hábitos familiares. O tratamento inicial enfatiza a modificação do estilo de vida, mas encontra barreiras culturais e familiares (Rezende, 2020).
METODOLOGIA: Este estudo consiste em uma revisão integrativa da literatura, com buscas nos portais Scielo e Pubmed, utilizando os descritores hipertensão arterial, pressão arterial, criança e adolescente. Foram selecionados 28 artigos publicados entre 2020 e 2024.
RESULTADOS: Os principais obstáculos ao diagnóstico incluem a "síndrome do jaleco branco", a ausência de aferições regulares em consultas pediátricas e o fato de a condição ser, em geral, assintomática (Jesus et al., 2019). No tratamento não farmacológico, os hábitos alimentares e a baixa escolaridade familiar influenciam na escolha dos alimentos e na falta de incentivo à prática de atividades físicas (Rezende et al., 2020).
DISCUSSÃO: A hipertensão pediátrica enfrenta dificuldades socioeconômicas e emocionais. A "síndrome do jaleco branco" pode gerar leituras falsamente elevadas, exigindo um ambiente controlado para aferições (Salgado e Carvalhaes, 2003). Além disso, a falta de aferição rotineira em consultas pediátricas dificulta o diagnóstico precoce (Marques et al., 2021). Em relação ao tratamento, esse deve focar na eliminação de fatores de risco, porém enfrenta desafios devido aos hábitos familiares, visto que a alimentação da criança depende dos responsáveis e a dos adolescentes é por esses influenciada (Carrijo e Ferreira, 2022). Ainda, o tempo excessivo de exposição a telas, cada vez mais frequente e precoce, reduz a prática de atividades físicas, fundamentais para o controle dos niveis pressóricos (Rodrigues, 2022).
CONCLUSÃO: O diagnóstico da hipertensão infantil requer estratégias para mitigar fatores emocionais e culturais, com um ambiente tranquilo para aferições rotineiras. O tratamento, por sua vez, deve priorizar mudanças no estilo de vida, a partir do incentivo da alimentação equilibrada e da prática regular de atividades físicas.