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ANÁLISE TEMPORAL DE DEFEITOS CONGÊNITOS DO SISTEMA CIRCULATÓRIO E MORTALIDADE INFANTIL NO BRASIL

POLLYANE TAYSE COSTA LEITAO MARCELLINO, HIGO KIPPERT MOTINHO, FABIOLA NOGUEIRA AGUIAR , FABIANE NOGUEIRA AGUIAR, LAIANE REIS TEIXEIRA, JULIA DE ALMEIDA CARVALHO, MILLENI SANTOS DURAO , LETÍCIA PINHEIRO RIBEIRO , ANNA LUISA SAMPAIO LEANDRO
UniSL - Porto Velho - Rondônia - Brasil

INTRODUÇÃO: Defeitos congênitos do sistema circulatório são uma das principais causas de mortalidade infantil no Brasil, exigindo diagnóstico precoce e intervenção para melhor prognóstico. A análise temporal desses casos identifica tendências e fatores que influenciam a incidência e mortalidade, como desigualdade no acesso à saúde e avanços terapêuticos. Este estudo examina a evolução desses casos e sua relação com a mortalidade, contribuindo para políticas públicas mais eficazes.

METODOLOGIA: Estudo descritivo, quantitativo e retrospectivo, baseado em dados do SIM (2013-2023) do DATASUS. Foram analisados casos de mortalidade infantil por defeitos congênitos circulatórios, considerando nascidos vivos, incidência, região geográfica e evolução para óbito. A análise permitiu identificar tendências temporais e fatores associados à mortalidade.

RESULTADOS: Entre 2013 e 2023, registraram-se 4.165.722 nascidos vivos, com predominância no Sudeste (45,5%) e queda progressiva nos nascimentos, mais acentuada nessa região (-16%). Identificaram-se 14.415 casos de defeitos congênitos circulatórios, com crescimento ao longo dos anos, atingindo o pico em 2023. O Sudeste concentrou 66,1% dos casos, mas o maior aumento proporcional ocorreu no Norte (+690%). Houve 13.712 óbitos associados, concentrados no Sudeste (39,8%) e Nordeste (30,7%). O pico de mortes ocorreu em 2023 (4.114), e o menor número em 2020. Apesar do aumento nos casos, a mortalidade manteve-se estável, sugerindo avanços diagnósticos e terapêuticos.

DISCUSSÃO: A mortalidade infantil por defeitos congênitos circulatórios decorre do diagnóstico tardio, desigualdade no acesso à saúde e variações na qualidade assistencial. O Sudeste tem melhor infraestrutura, enquanto o Nordeste enfrenta desafios que elevam a mortalidade. Crianças menores de 1 ano em regiões vulneráveis estão mais suscetíveis ao óbito, refletindo desigualdades socioeconômicas. 

CONCLUSÃO: Reduzir a mortalidade infantil por esses defeitos exige diagnóstico precoce e tratamento especializado, especialmente em regiões vulneráveis. A ampliação da cobertura de saúde, incluindo atenção básica e acompanhamento pré e pós-natal, pode reduzir complicações. Políticas públicas para minimizar desigualdades regionais são fundamentais para garantir acesso equitativo à saúde infantil.

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