SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Denervação Simpática Renal no Tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica Refratária: um relato de caso

Luiz Otavio de Oliveira Filho, Adriano Caixeta, Mayara Caroline Felix, Hussein Ali Zein, Aline Ayumi Ogusco, Claudinei de Sousa Silva, Maria Teresa Nogueira Bombig, Alexandre Hideo-Kajita, Yoná Afonso Francisco
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL

Introdução: A hipertensão arterial refratária é considerada um fenótipo extremo da hipertensão arterial resistente, correspondendo a cerca de 5 a 8% dos casos diagnosticados. Além do tratamento medicamentoso, amplamente estudado e disseminado, a denervação renal por radiofrequência tem surgido como uma alternativa terapêutica promissora para esses pacientes. Neste relato, descrevemos a aplicação da denervação renal no tratamento da hipertensão arterial refratária.

Métodos: A denervação renal é um procedimento minimamente invasivo, que utiliza um cateter quadripolar Simplicity Spyral (Medtronic, USA), com design helicoidal autoexpansível, permitindo a ablação simultânea de todos os quatro quadrantes da circunferência do vaso. 

Resultados. Paciente do sexo masculino, 59 anos, portador de hipertensão arterial diagnosticada há 10 anos e associada à dislipidemia, apresentava um quadro de hipertensão arterial sistêmica refratária, sendo tratado com oito classes de anti-hipertensivos em doses otimizadas. O paciente teve três internações no último ano em unidades de pronto atendimento devido a crises hipertensivas, com registros de pressões de 230 x 110 mmHg e necessidade de administração de anti-hipertensivos endovenosos. Durante as consultas, foram frequentemente observadas pressões em torno de 180 x 110 mmHg, e o MAPA pré-procedimento evidenciou um valor máximo de pressão sistólica de 215 mmHg. Após a exclusão de outras etiologias de hipertensão secundária, optou-se pela realização de denervação renal bilateral, com aplicação de energia em vasos de primeira, segunda e terceira grandeza, totalizando sete vasos para ambas as artérias renais (64 regiões tratadas, 37 na artéria renal direita e 27 artéria renal esquerda). No seguimento de três meses, constatou-se uma melhora expressiva dos níveis pressóricos, com redução do número de classes medicamentosas de oito para quatro, e o MAPA apresentou valores médios de 101 x 57 mmHg em 24 horas, 101 x 72 mmHg no período de vigília e 102 x 58 mmHg durante o sono.

Conclusões: A denervação simpática renal se apresenta como um procedimento alternativo e adjuvante no tratamento de pacientes com hipertensão arterial sistêmica resistente, permitindo um controle pressórico mais eficaz e possibilitando a redução da carga farmacológica. Essa intervenção pode favorecer a adesão ao tratamento medicamentoso e contribuir significativamente para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. 

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

45º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

19, 20 e 21 de Junho de 2025