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Tendências de mortalidade por doença cardiovascular de acordo com sexo e faixa etária no Brasil: dados do Global Burden of Diseases - 1990-2021

Luiz Eiji Taira, AG Laurinavicius, JB Souza, F Consolim-Colombo, MG Sousa, FY Cesena
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo - São Paulo - São Paulo - Brasil, INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

Introdução: A principal causa de mortalidade no Brasil e no mundo são as doenças cardiovasculares (DCV), representando um grande desafio para a gestão de saúde pública. Nesse sentido, a análise e o conhecimento de tendências de mortalidade por DCV são importantes para guiar políticas públicas e também para compreender os avanços no controle dessas doenças e identificar grupos populacionais mais vulneráveis. Esse estudo teve como objetivo avaliar tendências de mortalidade por DCV, de acordo com sexo e faixa etária, de 1990 a 2021 no Brasil.

Métodos: Dados de mortalidade por DCV foram coletados do estudo Global Burden of Diseases (GBD, disponíveis em https://vizhub.healthdata.org/gbd-results/). Três faixas etárias foram avaliadas: 15-49 anos, 50-69 anos e ≥70 anos. A análise de tendências foi realizada por modelos de regressão por pontos de inflexão (joinpoints) através do Joinpoint Regression Program do National Cancer Institute. São reportadas a mudança percentual anual (MPA) e a MPA média (MPAM) em dado período de tempo.

Resultados: Em mulheres, a mortalidade por DCV ajustada por idade reduziu de 287 (intervalo de credibilidade de 95%: 261-300) por 100.000 indivíduos em 1990 para 127 (111-135) por 100.000 em 2021, sendo a MPAM no período -2,6% (intervalo de confiança de 95%: -2,6% a -2,5%, p <0,001). Em homens, as respectivas taxas de mortalidade foram 387 (367-396) por 100.000 em 1990 e 188 (175-197) por 100.000 em 2021, configurando uma MPAM de -2,2% (-2,3% a -2,2%, p <0,001). A mortalidade bruta por DCV reduziu significativamente em todas as faixas etárias de 1990 a 2021. Nos últimos anos, observou-se uma interrupção da tendência de queda da taxa de mortalidade em homens <50 anos e mulheres <70 anos, e uma desaceleração da queda em homens de 50-69 anos (Tabela). Em homens e mulheres com idade ≥70 anos, tem-se observado redução da mortalidade sem indícios de desaceleração (Tabela).

 

Conclusões: Houve redução significativa da mortalidade por DCV ajustada por idade em homens e mulheres no Brasil nas últimas décadas. Contudo, tendências recentes diferem de acordo com sexo e faixa etária. Ademais, a desaceleração/interrupção da tendência de queda da mortalidade em indivíduos <70 anos requer atenção.

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